Kellyanne Conway, conselheira do presidente Donald Trump, disse ter sido vítima de agressão sexual, no decorrer de uma entrevista à CNN. Apesar do sucedido, Conway continua a defender o juiz Brett Kavanaugh, cuja nomeação para o Supremo Tribunal foi adiada na sequência de uma polémica denúncia de agressão sexual.

Conway trouxe a sua experiência pessoal para cima da mesa num momento em que discutia as múltiplas acusações de abuso sexual feitas a Brett Kavanaugh — o juiz apoiado por Donald Trump defendeu-se esta semana perante a Comissão Judicial do Senado. “Sinto muita empatia, honestamente, pelas vítimas de abuso sexual, assédio e violações”, disse ao jornalista Jake Tapper, da CNN. Depois de aclarar a garganta, admitiu: “Sou uma vítima de abuso sexual”.

“Não espero que o juiz Kavanaugh (…) ou quem quer que seja assuma responsabilidades pelo que [me] aconteceu. Temos de ser responsáveis pela nossa própria conduta”, disse a assessora da Casa Branca. Conway foi confrontada com o facto de trabalhar para um presidente que já foi acusado de conduta sexual imprópria por mais uma de dúzia de mulheres, sendo que Trump assegura que estão todas a mentir. Em resposta, Conway disse-lhe para “não confundir” a sua experiência com as alegações feitas contra o presidente dos Estados Unidos da América.

Há um ano, Kellyanne Conway contou que também ela teve “um momento ‘Me Too'”, sobre o qual falou com relativa abertura durante as eleições norte-americanas de 2016. “O meu [momento “Me Too”] foi muito público e ninguém se preocupou. Ninguém se importou por causa da campanha que eu estava a gerir.”

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