No ano passado, inscreveram-se pela primeira vez no ensino superior 122.811 alunos, um aumento de quase nove mil estudantes em relação ao ano anterior, indicam dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

No ano letivo de 2017/2018, houve mais caloiros tanto nas instituições públicas como nas privadas, tanto nas universidades como nos politécnicos, segundo o Inquérito ao Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior (RAIDES) relativos aos inscritos no 1.º ano, pela 1.ª vez. No total inscreveram-se mais 8.896 alunos em relação ao ano anterior.

Os números mostram que os alunos continuam a preferir as instituições públicas (81,8%) em detrimento das privadas, assim como as universidades em vez dos politécnicos (62,6% vs 37,4%). Em termos percentuais, os alunos nas instituições públicas aumentaram 5,9% e nas privadas cresceram 17,5%. As mulheres continuam a ser maioria no ensino superior, uma tendência que se regista há mais de duas décadas (desde 1995/96).

O total de inscritos no 1.º ano pela 1.ª vez, em cursos de doutoramento também aumentou: Mais 7,3% face ao ano letivo anterior. Tendo em conta todos os ciclos de estudo, no ano passado inscreveram-se 372.753 alunos no ensino superior, quase mais 11 mil do que no ano anterior, contrariando uma tendência que se vinha verificando nos últimos três anos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Através dos dados do RAIDES é possível perceber a evolução das últimas duas décadas. No ano letivo de 1995/1996 estavam inscritos no ensino superior cerca de 313 mil alunos um número que foi crescendo até 2002/2003, ano em que houve mais gente a estudar no ensino superior: quase 401 mil estudantes. Durante quatro anos letivos, até 2006/2007, as escolas viram reduzir o número de alunos ano após ano, chegando aos cerca de 367 mil alunos.

Gradualmente, as instituições voltaram a registar um ténue aumento de alunos até que em 2014/2015 começou um novo ciclo de redução de estudantes, até agora. O que nunca se alterou ao longo dos anos foi a opção por instituições sitiadas nas zonas de Lisboa e do Porto.

No ano passado, a Região Autónoma de Lisboa e a zona norte concentravam a grande maioria dos alunos (141.266 estudantes e 120.929, respetivamente), seguindo-se as instituições do centro do país com cerca de 81 mil inscritos, o Alentejo (cerca de 15 mil alunos) e, finalmente, o Algarve (8.413 alunos).