A menina de cinco anos que desapareceu por volta das 20h00 de segunda-feira, junto ao liceu São João do Estoril, em Cascais, foi encontrada cerca de quatro horas mais tarde, a cinco quilómetros dali: estava em casa de um familiar do pai, em Alcoitão, na freguesia de Alcabideche, confirmou o Observador junto do Oficial de Serviço ao Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.
A versão inicialmente contada pela mãe da criança, indicava que Fabrícia estaria com a progenitora numa paragem de autocarros de São João do Estoril quando desapareceu. A mãe teria atendido uma chamada e terá perdido a criança de vista durante alguns momentos. Depois disso, nunca mais a viu.
No entanto, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP informou esta terça-feira que a história não foi bem assim: “Foi possível apurar que a mãe da criança solicitou a esta familiar do pai que tomasse conta da mesma por breves instantes enquanto se ia deslocar a um estabelecimento comercial nas imediações do local do desaparecimento”, disseram as autoridades em comunicado. Como a mãe da criança estava a demorar, “a familiar do pai acabou por a levar para a sua residência, na zona de Alcoitão, visto que desde o nascimento da criança que vem tomando conta da mesma”.
Só mais tarde, e depois do desaparecimento ter sido divulgado nos vários meios de comunicação, é que a mãe de Fabrícia confirmou o que realmente aconteceu.
Assim que o alerta para o desaparecimento foi dado, agentes da PSP da Esquadra do Estoril e da Esquadra de Investigação Criminal começaram a realizar diligências junto dos familiares da criança e a efetuar buscas no local. Nas redes sociais, começou também a circular uma fotografia de Fabrícia apelando a quem tivesse informação sobre o seu paradeiro, que contactasse a família.
Foi o pai da criança que, a partir da esquadra da PSP do Estoril, fez vários telefonemas e descobriu que a criança estaria com um familiar. Os pais da menina estão separados e a criança foi entregue pelos polícias ao seu pai, que detém a guarda da criança.
No comunicado enviado esta terça-feira, a PSP deixou ainda uma crítica à atitude da mãe da criança, referindo que “apesar de toda a situação ter tido um final feliz”, todo o alerta para “uma situação que de todo não correspondia ao relatado pela progenitora” levou a “um balanceamento erróneo do dispositivo policial para locais onde efetivamente não são necessários, o que naturalmente prejudica a segurança de toda uma Comunidade, que a PSP pugna por garantir”.