Já defendeu celebridades como Leonardo DiCaprio, Paris Hilton, Bruno Mars, David Copperfield e a família de Michael Jackson, bem como figuras do mundo do desporto, como Mike Tyson. Agora, David Chesnoff foi contratado por Cristiano Ronaldo para o representar no caso da alegada violação à norte-americana Kathryn Mayorga, em 2009.

O advogado, de 63 anos, é conhecido por defender várias figuras públicas em tribunal e trata especialmente de casos de assédio, abuso e violação sexual e também de agressões, como foi o caso de Mike Tyson. Quem já trabalhou diretamente com Chesnoff considera que o advogado é um dos melhores em litígios, tendo já participado várias vezes em programas televisivos. Terá sido depois da conferência de imprensa que os advogados de Mayorga deram esta quarta-feira, que o capitão da seleção nacional decidiu contratar Chesnoff.

Após a contratação, Chesnoff não perdeu tempo: enviou um comunicado onde afirma “desmentir categoricamente” as acusações de que Cristiano Ronaldo está a ser alvo, sublinhando ainda ter “total confiança no sistema judicial”, citou a Associated Press. O advogado sediado em Las Vegas — que tem uma firma em nome próprio (Chesnoff & Schonfeld) — aproveitou para lembrar que a investigação que a polícia de Las Vegas levou a cabo em 2009 não resultou na abertura de qualquer processo-crime.

No entanto, esta semana soube-se que as autoridades vão reabrir a investigação. Recorde-se que, além de ter apresentado novos elementos à polícia, que foram acrescentados à queixa que já tinha apresentado em 2009, a defesa de Kathryn avançou com uma ação cível na justiça do estado do Nevada com o objetivo de anular o acordo de confidencialidade que terá sido pressionada a assinar.

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Tudo terá acontecido na noite de 12 de junho de 2009, em Las Vegas, quando a então modelo e hoje professora, Karhtyn Mayorga, aceitou subir ao quarto de Cristiano Ronaldo. A vítima alega agora que o jogador a convidou a ela e a uma amiga para o jacuzzi, mas como não queria estragar o vestido aceitou ir à casa de banho vestir uma camisola e uns calções do jogador português. Terá sido nesse momento que ele primeiro a tentou beijar. Minutos depois, terá conseguido deitá-la na cama e tê-la-á obrigado a fazer sexo anal. Mesmo depois de ela o ter recusado.

O caso terá sido silenciado por 375 mil dólares, resultado de um acordo entre o advogado de Ronaldo e da advogada da vítima — que ficou sempre obrigada a não revelar o nome do seu alegado agressor.

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Cristiano Ronaldo negou “terminantemente” todas as acusações, afirmando que considera “a violação um crime abjeto” e contrário a tudo aquilo em que acredita. “Não vou alimentar o espectáculo mediático montado por quem se quer promover à minha custa. Aguardarei com tranquilidade o resultado de quaisquer investigações e processos, pois nada me pesa na consciência”, continuou o jogador.

Os advogados da norte-americana, que dizem não perceber por que parou a investigação, vão apresentar uma ação contra Ronaldo pelos crimes de violação sexual, tentativa de assédio sexual, coação para fraude, agressão a uma pessoa vulnerável, conspiração, difamação, abuso de processo, tentativa de silenciar o caso, tentativa de concretizar um acordo de não divulgação, negligência e violação de contrato. Assim que for notificado, o internacional português da equipa italiana Juventus terá 20 dias para responder à queixa.