Os democratas do Comité Judicial do Senado norte-americano afirmaram esta quarta-feira, através de uma carta dirigida ao presidente do Comité Judicial, Chuck Grassley, que as informações divulgadas pelos republicanos sobre os antecedentes de Brett Kavanaugh, juiz indicado por Donald Trump para o Supremo Tribunal, “são imprecisas” e que não deveriam ter sido divulgadas publicamente.

Na carta, elaborada por oito dos dez democratas do painel, é colocada em causa a informação que a maioria do Comité Judicial deu através de um tweet, no qual negam que o juiz tenha qualquer antecedente de comportamento inapropriado. “Em nenhum destes relatórios do FBI, que o Comité reavaliou numa base bipartidária, existiu qualquer indício de problemas relacionados com qualquer tipo de comportamento sexual inapropriado ou abuso de álcool”, lê-se na mensagem divulgada na terça-feira.

Os democratas consideram que as informações “são imprecisas” e pediram aos republicanos que as corrigissem. Um dos senadores que assinou a carta, Dick Durbin, divulgou publicamente o pedido. Os democratas dizem estar “preocupados com a utilização incorreta de informações confidenciais de investigação de antecedentes”, pedindo ao presidente do Comité para trabalhar em conjunto “de forma a resolver este assunto numa base bipartidária”.

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É preocupante que a maioria tenha revelado informações confidenciais sobre o juiz Kavanaugh que não podem ser sujeitas a divulgação pública. Se o Comité for violar essa confidencialidade e divulgar publicamente esta investigação dos antecedentes, devem, pelo menos, ser honestos“, lê-se na carta enviada pelos democratas.

Os senadores dizem ainda que esta não é a primeira vez que é “descaracterizada ou divulgada informação selecionada sobre os alegados abusos sexuais do juiz Kavanaugh”, dando vários exemplos dessas acusações.

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