Os antigos combatentes da Guiné-Bissau terão aumentos nas pensões de reforma no mês de outubro, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro, Aristides Gomes à margem de uma reunião com os ex-militares na presença do chefe do Estado.

Os veteranos, conhecidos no país por antigos combatentes da liberdade da pátria, foram pedir explicações ao primeiro-ministro, numa conversa que fizeram questão que fosse testemunhada pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, sobre o facto de as suas pensões de reforma não terem sido aumentadas como ocorreu com o resto dos funcionários públicos.

Na quarta-feira, um grupo de veteranos realizou um protesto em frente ao Palácio da Presidência, numa altura em que José Mário Vaz se preparava para sair para um encontro com as chefias militares.

Na reunião desta quinta-feira, o primeiro-ministro, Aristides Gomes, explicou aos veteranos que os reajustes nas pensões vão ser recebidos a partir do mês de outubro, com retroativos em relação ao mês de setembro, com a subida das pensões para 40 mil francos CFA (cerca de 55 euros). Atualmente, os veteranos recebem cerca de 30.000 francos cfa.

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Aristides Gomes pediu compreensão aos veteranos e criticou o facto de um grupo deles ter invadido, na quarta-feira, o ministério que os tutela para reivindicar aumentos nas pensões de reforma e de invalidez.

Aristides Gomes anunciou a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades. “Não podemos permitir que haja ultraje à autoridade do Estado por via da força”, afirmou o primeiro-ministro.

Paulo Mendes, presidente da associação dos combatentes da liberdade da pátria, disse terem ficado esclarecidos os atrasos nos reajustes das pensões e mostrou-se tranquilo quanto aos inquéritos sobre os incidentes no ministério.