Mais 27 migrantes do navio humanitário “Aquarius”, que atracou em Malta, chegaram na quinta-feira à noite a Portugal, informaram os gabinetes dos ministros da Administração Interna e da Presidência e da Modernização Administrativa, em comunicado.

De origem somali, os migrantes, seis mulheres e 21 homens, foram acolhidos pela Câmara Municipal de Lisboa (18) e pela ADFP — Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (9), em Penela, distrito de Coimbra, detalha o comunicado conjunto.

Tanto aquela câmara como a ADFP têm sido “parceiros ativos e empenhados no acolhimento e integração de pessoas refugiadas, nomeadamente ao abrigo do Programa de Recolocação da União Europeia, fazendo parte da resposta descentralizada”, salientaram os ministérios, declarando que este esforço “é para o Governo português fonte de orgulho e de esperança”.

Estes migrantes são recebidos numa ação humanitária concertada que, além de Portugal, envolve França, Espanha, Luxemburgo e Alemanha.

Em 27 de setembro, a Câmara do Fundão, no distrito de Castelo Branco, recebeu 19 migrantes que, em julho, tinham sido resgatados por aquele navio humanitário.

Este grupo integrava 17 homens e duas mulheres, provenientes da Eritreia (14), Nigéria (3), Iémen (1) e Sudão (1).

Em 14 de agosto, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou à Lusa que Portugal estava disponível para acolher 30 dos 244 migrantes que se encontravam no navio humanitário “Aquarius”, em operação articulada com Espanha e França.

Uma semana depois, o ministério de Eduardo Cabrita informou que seriam acolhidos 50 migrantes recolhidos pelo “Aquarius”.

Nos 31 meses que opera na rota do Mediterrâneo central — utilizada pelos fluxos migratórios provenientes do norte de África e do Médio Oriente, com passagem pela Líbia e com destino a Itália e Malta –, o navio “Aquarius” salvou cerca de 30 mil pessoas em 230 operações de salvamento.

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