A Bentley anunciou que o seu motor V8 turbodiesel, que conseguia surpreender nas acelerações, velocidade máxima e, também, nos consumos, não vai continuar a ser produzido. Não porque os clientes não apreciassem a suas virtudes, a começar pelos baixos custos de utilização que assegurava, antes pelo contrário, mas sim porque a crescente frente política antidiesel da União Europeia – mas atenção, só nos automóveis ligeiros, porque nos transportes públicos, veículos pesados e comerciais continua a valer tudo – tornou aconselhável retirar o motor a gasóleo da gama do reputado fabricante britânico do Grupo Volkswagen.

A marca reclama da pressão política, o que em parte é verdade. Mas não é menos verdade que nada impede os motores a gasóleo de serem vendidos. São, isso sim, obrigados a cumprir uma série de normas cada vez mais apertadas. E isto significa que a Bentley não o consegue fazer, basicamente porque o Grupo Volkswagen está mais apostado na electrificação do que em gastar milhões em motores que, mais cedo ou mais tarde, vão ser proibidos de circular. E, sobretudo, são fabricados em tão pequena quantidade que se tornam pouco interessantes de actualizar.

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Mas se o Grupo Volkswagen optou por não pagar a conta da actualização do V8 diesel para Bentley, isso pode significar que ele tão pouco irá equipar modelos da Audi e Porsche.

Com o V8 a gasóleo, o Bentley era capaz de chegar aos 100 km/h em somente 4,8 segundos, para depois continuar a acelerar até aos 270 km/h, tornando o Bentayga o SUV diesel mais rápido do mundo. Tudo isto com um consumo de 7,3 litros em NEDC, valor que certamente duplicará caso monte uma unidade motriz similar a gasolina.

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