Os artefactos explosivos improvisados (IED, em inglês) causaram 1.065 mortos e 2.569 feridos este ano, no Afeganistão, 21% mais vítimas civis do que no mesmo período do ano passado, informou a missão da ONU naquele país (Unama).

De acordo com as estatísticas da organização, entre 1 de janeiro e 30 de setembro deste ano, do total de 3.634 pessoas que morreram ou ficaram feridas por IEDs, 247 eram mulheres (72 falecidas e 175 feridas).

Do total, 608 eram crianças (155 mortos e 453 feridos), por terem manuseado deliberadamente e indiscriminadamente este tipo de artefactos explosivos improvisados.

“Os mortos e feridos civis por uso combinado de IEDs suicidas e não suicidas alcançou níveis recorde no terceiro trimestre de 2018, com os elementos antigovernamentais a dirigir estes ataques cada vez mais especificamente contra a população civil”, advertiu a Unama.

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Concretamente, a missão da ONU responsabiliza 52% das baixas civis devido a artefactos explosivos improvisados ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), 40% aos talibãs e as restantes a outros grupos.

O Afeganistão vive uma das suas fases mais sangrentas desde o fim da missão de combate da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em janeiro de 2015.

De acordo com informação difundida no final do ano passado pelo Congresso dos Estados Unidos, o Executivo afegão controla cerca de 56% do Afeganistão, os talibãs dominam 11%, e o resto é território em disputa.