Timor-Leste quer fechar o mais rapidamente possível as negociações com Portugal sobre o novo Programa Estratégico de Cooperação (PEC), que continuará a refletir a implementação do português como “estratégia de soberania”, disse esta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros interino.

“Estamos empenhados em fechar o acordo o mais rapidamente possível para que o possamos implementar o mais eficazmente possível para dar bons resultados para Timor-Leste”, disse à Lusa Agio Pereira, ministro de Estado na Presidência do Conselho de Ministros e que está transitoriamente com a tutela dos Negócios Estrangeiros.

“Este programa continuará a refletir essa vontade e obrigação dos órgãos de soberania timorenses avançar com o processo de implementação da língua portuguesa como estratégia de soberania”, disse.

O novo PEC que tem vindo a ser negociado entre responsáveis dos dois países substituirá o que terminou em final de 2017 e que foi alargado para este ano devido à situação de impasse político em Timor-Leste, onde este ano se realizaram eleições antecipadas.

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A expetativa inicial era de que o documento poderia vir a ser assinado ainda esta semana, no decurso da atual visita a Timor-Leste da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação portuguesa, Teresa Ribeiro.

Ainda que o documento esteja “praticamente concluído”, segundo confirmaram fontes diplomáticas e do Governo, não deverá ser assinado já, visto ter ainda que ser analisado em Conselho de Ministros. Teresa Ribeiro está em Díli até quarta-feira para vários contactos com as autoridades timorenses e responsáveis por diversas áreas de tutela relevantes para a cooperação bilateral, nos planos político, económico-comercial, educativo, cultural ou de desenvolvimento.

A intensa agenda de contactos, entre reuniões de trabalho e visitas de cortesia, incluiu encontros com o Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, com o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, e com vários membros do executivo.

Teresa Ribeiro visitou ainda o projeto Quinta de Portugal, em Aileu e a Escola Portuguesa em Díli, reuniu-se com coordenadores e responsáveis dos principais projetos da cooperação no setor educativo e tem previsto um encontro com o presidente do Parlamento Nacional.