A polícia antimotim moçambicana lançou esta quarta-feira gás lacrimogéneo para dispersar uma multidão que tentou atacar a casa de um dirigente político em Nampula, maior cidade do norte de Moçambique, disseram testemunhas à Lusa.

Os eleitores que estavam na fila para votar na Escola Primária de Pea, no Bairro da Rex, abandonaram a assembleia de voto durante a tarde depois de surgirem rumores de que estaria a decorrer uma votação paralela para as eleições autárquicas, que se realizam esta quarta-feira em todo o país.

O grupo dirigiu-se para uma habitação onde estaria a decorrer aquela votação e onde reside um dirigente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, segundo as mesmas testemunhas.

A Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da polícia foi chamada ao local e impediu a invasão da residência, lançando gás lacrimogéneo. Uma mulher desmaiou no local e a multidão dispersou, acrescentaram.

A UIR continua a guarnecer a casa do dirigente da Frelimo e a situação acalmou, tendo a votação continuado sem mais sobressaltos.

Cerca de quatro milhões de eleitores escolhem esta quarta-feira os presidentes dos 53 conselhos autárquicos de Moçambique e respetivos membros das assembleias municipais, nas quintas eleições autárquicas na história do país.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR