O furacão Michael acabou de chegar à costa oeste dos Estados Unidos da América e a NASA, a agência espacial norte-americana, publicou imagens de satélites do momento em que a tempestade entrou pela costa da Florida dentro. No momento que entrou em terra, a tempestade Michael movia-se a 23 quilómetros por hora e tinha ventos sustentados de 250 quilómetros por hora. Se os ventos acelerarem mais dois quilómetros por hora, Michael sobe para um furacão de categoria 5 e passará a ser catastrófico.
Per @NHC_Atlantic, #Hurricane #Michael made landfall just NW of Mexico Beach, FL. Max sustained winds were an astounding 155 MPH, just 1 MPH shy of Cat. 5 status. Pressure was 919 MB (27.41"). (@NOAA GOES-East longwave IR imagery) pic.twitter.com/tXMM6wm8rb
— NASA SPoRT (@NASA_SPoRT) October 10, 2018
No momento em que Michael chegou a terra, a tempestade fez história. Este é o primeiro furacão de categoria 4 a atingir a Língua de Terra da Flórida, o maior a chegar a essa região desde o furacão Dennis em 2005 e o mais poderoso dos últimos 14 anos a chegar à costa oeste norte-americana. Além disso, os dados estatísticos do Centro Nacional de Furacões dizem que, em termos de pressão atmosférica, Michael é neste momento o nono furacão do Atlântico mais poderoso a atingir terra.
[Veja no vídeo como o furacão Michael é visto do espaço]
O Centro Nacional de Furacões emitiu um comunicado a dizer que o Michael ainda pode piorar: “O Michael deve virar para nordeste e começar a acelerar à medida que se move ao longo do sudeste dos Estados Unidos até quinta-feira à noite. O ciclone deve chegar novamente ao Atlântico ocidental na sexta-feira, e mover-se rapidamente para leste-nordeste ao longo do Atlântico Norte este fim de semana”, prevê. Rick Scott, governador da Florida, diz que espera níveis de destruição nunca registados nos últimos 100 anos.
High-end Cat. 4 #Hurricane #Michael now making landfall between Tyndall AFB and Mexico Beach, FL with *sustained* winds of 150 MPH. Pressure down to 919 MB (27.14"). (@NOAA GOES-East vis imagery) pic.twitter.com/hp1X9RF8aT
— NASA SPoRT (@NASA_SPoRT) October 10, 2018
Os meteorologistas preveem inundações com até 4 metros de altura. Também avisaram que “o Michael vai produzir danos causados pelo vento potencialmente catastróficos” e que “ventos com força de furacão que ameaçam a vida ocorrerão na Língua de Terra da Flórida, sudeste do Alabama e sudoeste de Georgia”.
Só as cidades que estiverem no percurso do olho de furacão é que vão experimentar curtos períodos de calmaria durante a passagem da tempestade. O olho é a parte central do ciclone tropical em torno do qual giram as nuvens que compõem o furacão e onde se verificam as pressões atmosféricas mais baixas e as temperaturas mais altas de todo o fenómeno meteorológico. A uma altitude de 12 quilómetros podem registar-se temperaturas até 10 ºC mais quentes do que nas regiões vizinhas, embora na superfície essa diferença esteja entre os dois e os 3 ºC. O clima é tão pacífico lá dentro que pode ser possível observar o céu e, durante a noite, ver estrelas.
O olho do furacão pode ter ter entre oito e 200 quilómetros de diâmetro, mas a maior parte não ultrapassa os entre 30 e 60 quilómetros de comprimento, explica o Laboratório Meteorológico e Oceanográfico do Atlântico.
Stay safe America! pic.twitter.com/Sel3hf0Uzb
— S. Auñón-Chancellor (@AstroSerena) October 10, 2018