Partiu, esta quinta-feira, de Singapura às 23h35 (16h35 de Lisboa) o voo comercial mais longo do mundo. Segundo a última previsão, o avião deverá aterrar após 18 horas e 20 minutos (às 10h55 de Lisboa) no Aeroporto Internacional de Newark Liberty, em Nova Iorque. Além de ser o mais longo do mundo, o voo é direto e tem ainda a vantagem de não ter lugares de classe económica.

Nesta viagem de 16,700 quilómetros, que vão perfazer um total de quase 19 horas, 161 passageiros será o número máximo admitido a bordo. É a companhia aérea Singapore Airlines que traz a novidade e que dá a oportunidade aos passageiros de viajar num A350-900 Ultra Long Range, equipado com 67 lugares na classe executiva, com bancos que se transformam em cama, e 94 na classe económica premium — com mais espaço e um design especial para reduzir o “jet lag”. Quanto aos bilhetes, o valor mais alto ronda os 3 mil euros e o mais baixo 1500 euros.

O avião usado anteriormente era um Airbus A340-500 com quatro motores e que gastava muito mais do que o atual, que tem apenas dois motores, usando menos 25% de combustível. Este aparelho é mais leve, feito com uma fibra de carbono e detentor de uma autonomia de 20 horas.

Contudo, este novo voo pode ser violento para o corpo, devido à sua duração de quase um dia inteiro. Para atenuar os efeitos, a companhia fez um acordo com o resort Canyon Ranch, que oferece serviços de saúde e bem-estar, como exercícios estratégicos para ajudar no sono e até menus de comida pensados para uma melhor nutrição e hidratação dos passageiros. São ainda oferecidas 1200 horas de filmes e de programas de televisão.

Não está prevista a existência de uma classe turística neste voo, que está pensado essencialmente para passageiros de negócios que acabam por poupar várias horas em escalas. Com maior conforto e espaço disponível para os passageiros, o novo voo da Singapore Airlines ajuda a evocar a chamada “era dourada da aviação“, quando voar era um luxo que não era para todos.

Até hoje o voo mais longo do mundo, com duração de 17h15, ligava Doha a Auckland, na Nova Zelândia, e pertencia à Qatar Airways.

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