Com a conclusão da última fase de acesso ao Ensino Superior, foram admitidos 45.313 estudantes no ensino superior público no conjunto das três janelas de candidaturas – menos 1.231 do que no ano passado -, com 60% destes alunos a ser colocados no ensino universitário e 40% no ensino politécnico, mantendo assim um padrão já verificado no ano passado. Na soma de todas as fases de acesso, foram preenchidas 89,1% das vagas colocadas a concurso e a percentagem de colocados no ensino superior público em relação ao número de alunos inscritos nos exames nacionais do 12.º ano subiu de 51% – em 2016 e 2017 – para 52%.

777 estudantes que se candidataram a uma vaga no Ensino Superior na 3.ª e última fase de acesso conseguiram ficar colocados. Dos 3.249 alunos que se inscreveram na última fase de acesso ao Ensino Superior, ficaram colocados 1.385, sendo que 777 não estavam colocados anteriormente e 608 já tinham sido colocados nas fases anteriores e foram agora recolocados. Entre os estudantes colocados nesta 3.ª fase de acesso, 380 ficaram no ensino universitário, enquanto que 397 ficaram no ensino superior politécnico. Sobraram ainda 3.468 vagas e os dados individuais podem ser consultados no site da DGES.

Depois do fim da 3.ª fase de acesso, os números revelam um aumento do número de estudantes colocados face a 2017 em dez instituições do ensino superior e as instituições fora de Lisboa e Porto representam agora 52% do total de alunos colocados, mais um ponto percentual do que no ano passado.

O corte de vagas em Lisboa e no Porto foi uma decisão polémica do atual ministro que tem como principal objetivo levar mais alunos para as instituições do interior. No entanto, as universidades e politécnicos do Litoral não foram afetados pelos cortes — como pediam os presidentes dos politécnicos — e acabaram por ser estes os mais beneficiados na sequência dos cortes de 5% nas duas maiores cidades do país.

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Ministro Manuel Heitor: “É possível cortar vagas no Litoral, mas é preciso estudar o assunto primeiro”

Média mais alta: 195,5 valores

Na segunda e terceira fase do concurso de acesso ao Ensino Superior é divulgado um dado que não é conhecido na primeira: a nota do primeiro colocado. Nos números nacionais da 1.ª fase, apenas se sabe qual a nota do último estudante que conseguiu garantir lugar em determinado curso, ou seja, quando se fala das médias mais altas de entrada está-se a olhar, na verdade, para as notas mais baixas de entrada naquele curso.

Na 1.ª fase, esse valor era de 189,4 e era simultaneamente a nota do último e do único colocado no curso de Engenharia Civil (lecionado em inglês) na Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia. Emanuel Baptista foi o aluno luso-venezuelano que pôs a Universidade da Madeira no topo da lista das médias. Se houvesse mais alunos colocados na 1.ª fase, o mais provável era que a última nota de ingresso fosse mais baixa que a de Emanuel, o que retiraria a medalha de ouro àquele curso.

Na 2.ª fase, e olhando para a nota dos primeiros colocados, a mais alta é um 200,0 no curso de Engenharia Biomédica e Biofísica na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Finalmente, nesta 3.ª fase, a nota mais alta de entrada foi um 195,5 no curso de Engenharia Aeroespacial no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. Aqui, ficaram colocados dois alunos nesta terceira fase.