A verba destinada às Forças Nacionais Destacadas (FND) inscrita na proposta de Orçamento do Estado para 2019 deverá aumentar cerca de cinco milhões de euros, para 65 milhões, segundo disse à Lusa fonte da Defesa Nacional.

Depois de ter descido no orçamento de 2018 face ao anterior, a verba para as Forças Nacionais Destacadas volta a aumentar em 2019, para um total de cerca de 65 milhões de euros, valor previsto na proposta que vai hoje a Conselho de Ministros antes de dar entrada na Assembleia da República, na segunda-feira.

Este valor inclui 60 milhões de euros do orçamento nacional mais cinco milhões de euros que o Governo espera receber pela participação de militares portugueses em missões das Nações Unidas.

Em 2019 vão prosseguir as missões da NATO no Afeganistão e da ONU na República Centro Africana, devendo a próxima FND, a empenhar em 2019, voltar a ser dos Comandos, depois de as duas últimas terem sido paraquedistas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No próximo ano também vão continuar as missões de vigilância marítima, do Mediterrânio ao Báltico, no âmbito das forças navais permanentes da NATO, entre outras missões internacionais.

A proposta de Orçamento do Estado para 2019 deverá prever, no setor da Defesa, um aumento da dotação orçamental que refletirá um reforço das verbas na Lei de Programação Militar e a passagem para a Força Aérea do comando e gestão dos meios aéreos de combate a incêndios, disse a mesma fonte.

Em 2018, a despesa total prevista foi de 2,15 mil milhões de euros.

Na diretiva de “Orientação Política para o Planeamento das Forças Nacionais no Exterior” para 2019, de agosto, Azeredo Lopes, que se demitiu sexta-feira do cargo na sequência dos desenvolvimentos das investigações ao furto e recuperação de material militar em Tancos, estabelece como objetivo “manter o equilíbrio” entre as participações nas missões da ONU, NATO e União Europeia.

Na diretiva, o agora ex-ministro determina que deverão ser privilegiadas as missões que “contribuam para a estabilidade” na “vizinhança próxima”, em particular no Magrebe e o Sahel, e demonstrem o “compromisso e solidariedade” com os aliados.

O documento prevê ainda o reforço da presença no Atlântico como “espaço prioritário de interesse estratégico”, através da participação de missões de fiscalização conjunta no Golfo da Guiné, e a manutenção da participação nacional na coligação multinacional que combate o `Daesh´ – ISIL”.