Esqueça a imagem e os segmentos, flagrantemente distintos. É tudo uma questão de perspectiva. E, na perspectiva do chefe de Design da Renault, Laurens van den Acker, são evidentes as semelhanças entre o Dacia Duster e o Ford Mustang.

Surpreendido com o termo de comparação escolhido para promover o SUV mais barato do mercado? Nós também. Mas van den Acker ‘não dá ponto sem nó’ e parece ter arranjado uma maneira de comparar o incomparável. Segundo ele, “o Duster é para a Dacia um pouco do que o Mustang é para a Ford: um modelo icónico, com uma identidade própria e uma imagem mais forte do que a própria marca.”

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Somos forçados a concordar, porque os números a isso obrigam. Se considerarmos as vendas da Dacia no ano passado, 32% das unidades transaccionadas foram precisamente Duster. Das 460.000 viaturas entregues a clientes, 145.682 eram o SUV low-cost, que este ano, no acumulado dos oito primeiros meses, já garantiu 130.885 vendas. Número que leva a crer que o crossover romeno do Grupo Renault vai reforçar ainda mais o seu peso nas vendas globais da marca, tanto mais que acabou de introduzir em alguns mercados a sua segunda geração, em que se pode gabar, além dos demais argumentos, de ter um pouco de Mercedes, pois sob o capot pode agora encontrar-se o 1.3 TCe, com potências de 130 e 150 cv, desenvolvido em parceria com a Daimler e que que já equipa vários modelos da Renault, Nissan e Mercedes-Benz (Classe A).

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