No dia do arranque oficial da edição da Web Summit em Portugal, 6 de novembro, os trabalhadores do Metro de Lisboa vão voltar a estar em greve parcial, anunciou esta quinta-feira Anabela Carvalheira, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), em declarações à RTP. O novo pré-aviso de greve poderá ser entregue ainda esta tarde.
Os trabalhadores do metropolitano de Lisboa cumpriram também esta quinta-feira uma greve parcial entre as 6h e as 9h30, como protesto contra a a proposta de atualização salarial plurianual de 24,50 euros para 2018 e 2019 apresentada pelo conselho de administração. O serviço de transporte foi retomado a partir das 10h.
Nesta altura [o metro] está parado. Significa que os trabalhadores aderiram à greve, embora a empresa tenha tentado utilizar atitudes que não são habituais, nomeadamente impedir os trabalhadores de fazerem a greve no seu posto de trabalho e utilizar a polícia para retirar trabalhadores do interior das estações. Independentemente destes ‘problemazinhos’ é um facto que o metro está parado”, disse à Lusa Anabela Carvalheira.
Caso a greve se venha mesmo a confirmar, o arranque da maior conferência de empreendedorismo, tecnologia e inovação — que se realiza entre 5 e 8 de novembro e espera a participação de cerca de 70 mil pessoas — poderá ser dificultado pelos problemas de circulação na cidade de Lisboa.
Ainda de acordo com Anabela Carvalheira, a polícia retirou trabalhadores das instalações do metro, como aconteceu no Colégio Militar, onde os trabalhadores “estavam em piquete de greve” e “a polícia tirou-os de lá por ordem do conselho de administração”.