Oito transportadoras do grupo Barraqueiro iniciam na sexta-feira uma greve de 24 horas para reivindicar aumentos salariais, uma paralisação que envolve cerca de um milhar de trabalhadores, informou esta quinta-feira a Federação dos Sindicatos dos Transportes (Fectrans).

Esta paralisação decorre entre as 03:00 horas de sexta-feira e as 03:00 de sábado, envolvendo as transportadoras Boa Viagem, Estremadura, Mafrense, Barraqueiro Alugueres, Barraqueiro Oeste, estas da empresa Barraqueiro Transporte, e ainda as empresas Isidoro Duarte, Rodoviária do Alentejo e JJ Santo António.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador da Fectrans, José Manuel Oliveira, referiu que o protesto pretende reivindicar aumentos salariais, ressalvando que cada empresa terá a suas especificidades.

“Essencialmente aquilo porque lutamos é por aumentos salariais, mas não podemos falar num valor porque cada empresa tem as suas especificidades”, apontou, queixando-se de que as negociações com a administração destas empresas têm sido “infrutíferas”.

No entanto, em declarações à Lusa, Luís Cabaço Martins, membro do conselho de administração do Grupo Barraqueiro, perspetivou que a paralisação venha a ter “efeitos e impactos muito reduzidos”, considerando tratar-se de uma greve “injustificável”.

“É uma reivindicação salarial que nos parece desprovida de sentido e injustificável porque as empresas que têm o pré-aviso de greve são as que melhor pagam no setor e acima daquilo que o sindicato negoceia. Portanto, ninguém percebe os fundamentos e é uma contradição”, afirmou o responsável, que ocupa também o cargo de presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP).

Entretanto, na sexta-feira, a partir das 10:00, irá decorrer uma concentração de trabalhadores em frente à sede da Barraqueiro, no Campo Grande, em Lisboa, numa iniciativa onde estará presente o secretário geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

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