Os organizadores dos protestos na Faixa de Gaza apelaram a uma participação em massa nas manifestações de sexta-feira, mas sem “se aproximar da fronteira”. Israel anunciou uma política de “tolerância zero” em relação aos incidentes naquela zona.

“O teu sangue é caro, guarda-o para construir a nossa pátria”, apelam os organizadores em comunicado citado pela agência espanhola EFE e dirigido aos jovens palestinianos, a quem pedem uma “mobilização pacífica” para enviar uma mensagem de resistência. Na passada quarta-feira, a força aérea de Israel bombardeou 20 objetivos do Hamas depois de um foguete — lançado a partir da Faixa de Gaza — ter atingido e parcialmente destruído uma casa em Israel.

O gabinete de segurança de Israel, que se reuniu esta sexta-feira durante cinco horas, e considerou a possibilidade de uma operação em grande escala, ordenou ao exército que “reforce a resposta” face a eventuais incidentes na fronteira. A organização Amnistia Internacional pediu esta sexta-feira a Israel “moderação” face ao apelo do Hamas, que governa o enclave, à intensificação das mobilizações.

Desde o início da “Grande Marcha do Retorno”, no passado dia 30 de março, 205 palestinianos morreram atingidos por disparos do exército israelita, tanto em mobilizações como em incidentes violentes junto da fronteira. O Comité da Grande Marcha do Retorno, apoiado pelas fações palestinianas, considerou que aproximar-se da fronteira era “dar motivos ao inimigo” para “cometer crimes” contra a população.

Segundo o portal israelita da Internet Ynet, citado pela agência espanhola EFE, quadros dos serviços de informações do Egito, que mantêm reuniões com os líderes palestinianos em Gaza e em Ramallah para mediar um acordo com Israel, pediram uma diminuição da violência na fronteira, com o objetivo de se alcançar um cessar-fogo.

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