O Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América acusou formalmente vários russos que trabalham com uma pessoa próxima de Vladimir Putin, o presidente da Rússia, de estarem a preparar um grande plano para interferir nas eleições intercalares norte-americanas, avança o  The New York Times. Elena Alekseevna Khusyaynova, uma mulher de 44 anos a viver em São Petersburgo, foi diretamente acusada de “espalhar dúvidas em relação a candidatos”.

Khusyaynova é responsável por gerir milhões de dólares para uma empresa de Yevgeny V. Prigozhin, um oligarca russo que já foi acusado de ter interferido nas eleições presidenciais de 2016. O dinheiro terá sido utilizado em anúncios em redes sociais e na compra de domínios na Internet. A promoção de conteúdos por Khusyaynova e outros russos está ligada à imigração, armas, relações raciais e o protesto de jogadores da NFL [liga americana de futebol americano].

Segundo a acusação, os conspiradores “tomaram medidas extraordinárias para parecer que seriam ativistas políticos americanos”.

Nas eleições intercalares de 6 de novembro, os norte-americanos vão escolher novos líderes para o Congresso e para vários órgãos de cada estado. Depois de casos como a Cambridge Analytica, em que a empresa de análise de dados utilizou milhões de perfis de Facebook recolhidos indevidamente para criar propaganda e notícias falsas, e das eleições presidenciais norte-americanas ainda estarem sob investigação por alegada interferência russa, as autoridades do país têm investido em prevenir mais casos semelhantes.

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