A atriz norte-americana Selma Blair revela ter sido diagnosticada com esclerose múltipla, doença que já a afeta há alguns anos. A revelação foi feita na sua conta pessoal de Instagram no passado domingo, dia 21.

A atriz de 46 anos só descobriu a doença em Agosto, embora já sentisse os sintomas há anos, mas só agora decidiu revelá-la publicamente. A estilista Allisa Swanson inpirou-a e levou-a a falar abertamente sobre o assunto. ”Ela coloca, cuidadosamente, as minhas pernas nas minhas calças, puxa os meus tops para a cabeça, abotoa os meus casacos e dá o seu ombro para me equilibrar. Eu tenho #esclerosemúltipla”, escreveu.

A esclerose múltipla é uma doença para toda a vida e pode afetar o cérebro e a espinhal medula (sistema nervoso central). Pode ter uma vasta gama de sintomas, incluindo problemas de visão, de movimentos de braços e pernas, de sensibilidade e de equilíbrio. É caracterizada por ser bastante debilitante. Em casos extremos, as pessoas podem deixar de andar e falar corretamente.

”Eu sou incapacitada. Eu caio algumas vezes. Eu deixo cair as coisas. A minha memória é confusa. E o meu lado esquerdo está constantemente a pedir indicações, como se fosse um GPS partido”, relata. ”Mas eu estou a lidar com isso. Eu rio e não sei exatamente o que irei fazer, mas farei o meu melhor”, remata.

O diretor dos assuntos externos do MS Society, Genevieve Edwards, elogiou bastante a atitude da atriz. ”Ela vai despertar a consciência para uma doença que afeta mais de 100 mil pessoas no Reino Unido. a MS [abreviatura de esclerose múltipla em inglês] é imprevisível e diferente para todos, por isso, como a atriz revelou, uma pessoa pode viver com sintomas durante anos e não ser diagnosticada”, conta ao The Guardian. 

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Muitas foram as reações solidárias de colegas de profissão, mas não só. A jornalista Victoria Brownworth, que sofre da mesma doença, escreveu um tweet na sua conta pessoal a dar força à atriz.

Segundo dados do NHS, a doença é duas a três vezes mais frequente em mulheres do que em homens e é habitualmente diagnosticada entre os 20 e os 30 anos de idade. Até ao momento ainda não há cura para a doença, mas os sintomas podem ser minimizados com comprimidos.