O Facebook removeu esta segunda-feira 68 páginas de apoio ao candidato do Partido Social Liberal (PSL) à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, e 43 contas associadas a um grupo chamado Raposo Fernandes Associados (RFA) — a maior rede pró-Bolsonaro da internet.
De acordo com o Estadão, as páginas em causa violavam as políticas de autenticidade e spam uma vez que um dos métodos desta rede era criar contas falsas e várias contas com os mesmos nomes para administrar os grupos. O Facebook, que investigava esta rede há vários meses, teve também em conta o tipo de conteúdo compartilhado pelas páginas em questão.
Autenticidade é algo fundamental para o Facebook porque acreditamos que as pessoas agem com mais responsabilidade quando usam as suas identidades reais no mundo online. Por isso, exigimos que as pessoas usem os seus nomes reais e também proibimos o spam, uma tática geralmente usada por pessoas mal intencionadas para aumentar de maneira artificial a distribuição de conteúdo com o objetivo de conseguir ganhos financeiros”, refere o comunicado do Facebook citado pelo Estadão.
O grupo RFA — sigla que identificava todas as páginas ligadas à rede — é gerido pela empresa Novo Brasil Empreendimentos Digitais, do advogado Ernani Fernandes Barbosa Neto e de Thais Raposo do Amaral Pinto Chaves, revela o Estadão.
As páginas que constituem esta rede são seguidas por mais de 16 milhões de utilizadores. Só nos últimos 30 dias, foram alcançados 12,6 milhões de interações — o total de partilhas, comentários ou reações as publicações — no Facebook, nesta rede. Trata-se de um número elevado quando comparado comparação ao número de interações que o jogador brasileiro Neymar acumulou nos mesmo 30 dias: 1,1 milhões.
Na primeira volta da eleições presidenciais, Bolsonaro venceu com mais de 46% dos votos, ficando à frente de Haddad que conquistou mais de 28%. No próximo domingo, os dois candidatos vão disputar a segunda volta. Bolsonaro continua a liderar as intenções de voto.
Sondagem. Bolsonaro mantém liderança com 57% da intenção dos votos