Há um furacão de categoria 5, com ventos sustentados de 260 quilómetros por hora e rajadas de até 315 quilómetros por hora a caminho da costa mexicana do Pacífico. O Centro Nacional de Furacões norte-americano diz que o Willa é “um furacão extremamente impressionante”, “raro” e “potencialmente catastrófico” que deve chegar a terras mexicanas já a partir desta terça-feira: “Espera-se uma tempestade potencialmente fatal na terça-feira nas costas da Isla Marias e oeste-centro e sudoeste México perto do caminho do Willa. Os moradores devem apressar os preparativos para proteger a vida e as suas propriedades e seguir qualquer conselho dada pelas autoridades locais”, avisam.

Quatro mil pessoas já foram retiradas de casa nos municípios de Acaponeta, Del Nayar, Huajicori, Tecuala, Tuxpan, San Blas e Santiago Ixcuintla. Espera-se que, ao aproximar-se da costa do México, o furacão baixe para a categoria 4 e entre no país algures entre a praia Perula (em Jalisco) e a baía Tempehuya (em Sinaloa) já como furacão de categoria 2. O Willa deve depois prosseguir por um percurso para norte e passar a depressão tropical entre Durango e Nuevo León.

Apesar disso, a intensidade do furacão Willa já levou os meteorologistas a adjetivarem-no de “explosivo”. Neste momento, ele é mais potente do que o furacão Michael quando entrou na Língua de Terra da Flórida, nos Estados Unidos. Em 24 horas, entre a manhã de domingo e a manhã desta segunda-feira, os ventos sustentados aceleraram 130 quilómetros por hora. E em 48 horas, desde sábado de manhã até agora, passou de uma simples depressão tropical no oceano Pacífico a um furacão de categoria 5 com pressões atmosféricas de 925 milibares.

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Neste momento, o furacão Willa está 280 quilómetros a sudoeste de Puerto Vallarta e move-se a uma velocidade de 11 quilómetros por hora. Agora que se dirigiu para a direita, ameaçando o México, este furacão pode ser o mais forte alguma vez a atingir o país. E pode haver outro logo atrás a caminho do México: na terça-feira à noite ou quarta-feira de manhã, a tempestade tropical Vicente pode entrar pelo país numa localização a 402 quilómetros.

Furacões nascidos no Pacífico com esta intensidade são raros, dizem os meteorologistas. Antes deste, o furacão Patrícia também passou de categoria 5 para a categoria 4, embora os ventos sustentados tenham chegado aos 315 quilómetros por hora. Foi o furacão ou tufão mais forte alguma vez registado no planeta. Este ano, no entanto, pode bater recordes: 2018 já viu o nascimento de 10 grandes furacões, igualando a contagem de 1992. E a equação de “Energia Ciclónica Acumulada”, que combina o número de tempestades num ano com a intensidade delas ao longo do tempo, indica que esta época é a mais ativa de sempre.