A startup portuguesa Aptoide colocou a Google em tribunal, queixando-se de ter sido eliminada da lista das apps seguras da Google Play Store, numa prática anti-concorrencial. Um tribunal português deu-lhe razão, esta segunda-feira, e, agora, a empresa vai pedir indemnização — e a deliberação é aplicável em 82 países incluindo o Reino Unido, a Alemanha, os EUA, a Índia e vários outros.

A Google vai, depois desta decisão, ter de fazer com que a sua função Google Play Protect — uma espécie de anti-vírus que valida a segurança das aplicações que estão na loja de apps — deixe de bloquear o surgimento da app da Aptoide na lista de aplicações disponíveis para que os utilizadores possam descarregar.

A agência Bloomberg avança que a decisão do tribunal, a uma queixa apresentada nos departamentos da defesa da concorrência na UE, foi favorável à Aptoide, que opera uma loja de aplicações móveis paralela à da Google, rivalizando, portanto, com a Google Play Store. Os utilizadores da app terão, também, começado a receber mensagens de aviso nos telemóveis sobre os supostos riscos de segurança associados à utilização da Aptoide. Esses avisos fizeram com que a Aptoide perdesse mais de 2,2 milhões de utilizadores nos últimos 60 dias, segundo a empresa.

O CEO da Aptoide, Paulo Trezentos, comentou que “para nós, isto é uma vitória decisiva. A Google tem sido uma concorrente feroz, abusando da sua posição dominante no Android para eliminar concorrentes que oferecem outras lojas de aplicações”. “Esta decisão do tribunal é um sinal para todas as startups em todo o mundo: se a razão estiver do vosso lado, não tenham medo de desafiar a Google”.

Há 200 milhões de pessoas no mundo a utilizar a loja de apps da Aptoide

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