O presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, vai aguardar detido a decisão da juíza de instrução criminal sobre a aplicação de medidas de coação aos arguidos da Operação Éter. Os restantes quatro arguidos foram libertados e deverão apresentar-se quinta-feira, às 16 horas, no TIC do Porto, para conhecer as medidas de coação.

Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Isabel Castro, diretora operacional da TPNP, Gabriela Escobar, jurista da TPNP, Manuela Couto, administradora da empresa W Global Communication, e José Agostinho, da firma Tomi World, de Viseu foram detidos no dia 18 de outubro pela Polícia Judiciária do Porto por suspeitas de corrupção e de outros crimes económico-financeiros.

Em causa está um esquema de alegada corrupção que teria como principal objetivo favorecer duas empresa (W Global Communication e a Tomi World) na adjudicação de ajustes diretos. Tais adjudicações, além de ilícitas por alegadamente não respeitarem as regras da contratação pública, terão levado ao desvio de mais de 7 milhões de euros em apenas dois anos dos cofres do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Tudo terá começado em 2016.

Esquema de corrupção no Turismo do Porto terá levado ao desvio de 7 milhões de euros para duas empresas

De acordo com o JN, tanto Melchior Moreira, como as restantes partes envolvidas no processo negaram as alegações imputadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária do Porto.

Os arguidos admitiram, no entanto, terem alegadamente usado “engenharias financeiras” de forma a conseguir levar avante a instalação de lojas interativas de turismo, mas recusaram ter causado prejuízo ao erário público.

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