Portugal teve o maior défice orçamental (-2,7% do PIB) no segundo trimestre do ano entre os 22 Estados-membros para os quais há dados disponíveis, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat. O défice português agravou-se, no segundo trimestre, face aos 1,5% homólogos e aos 0,6% dos primeiros três meses do ano.

De acordo com o gabinete estatístico da União Europeia (UE), o défice público da zona euro recuou entre abril e junho para os 0,1%, o valor mais baixo registado desde 2002 e que se compara com os 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do trimestre anterior e os 1,4% homólogos.

Na UE, o défice também recuou para valores mínimos desde 2002 – ano em que se iniciaram as séries cronológicas comparáveis – com um rácio de 0,3% do PIB (0,5% no primeiro trimestre e 1,4% homólogo). Entre os 22 Estados-membros para os quais há dados disponíveis, Portugal apresentou o maior défice orçamental (-2,7%), seguindo-se França (-2,5%) a Roménia (-2,2%) e o Reino Unido (-1,8%).

Malta (4,9%), Letónia (2,5%), Alemanha (2,4%) e o Luxemburgo (2,3%) registaram os maiores excedentes orçamentais.

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Dívida pública portuguesa tem 4.º recuo mas permanece 3.ª maior da UE no 2.º trimestre

Portugal manteve no 2.º trimestre a terceira maior dívida pública da União Europeia (124,9% do PIB) apesar de este ter tido o quarto maior recuo homólogo, de 5,9 pontos percentuais, segundo o Eurostat.

De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia (UE), a dívida pública recuou, entre abril e junho, na zona euro para os 86,6% do Produto Interno Bruto (PIB), face aos 89,2% do período homólogo e aos 86,9% do primeiro trimestre do ano.

Na UE, a dívida pública baixou para os 81,0% do PIB, quer na comparação com o segundo trimestre de 2017 (83,4%), quer face ao período entre janeiro e março (81,5%).

Os maiores rácios da dívida pública em função do PIB foram registados na Grécia (179,7%), Itália (133,1%) e Portugal (124,9%) e os mais baixos na Estónia (8,3%), no Luxemburgo (22,0%) e na Bulgária (23,8%). Em termos homólogos, os maiores recuos da dívida observaram-se na Eslovénia (-7,4 pontos percentuais), na Lituânia (-6,5), na Irlanda (-6,4), em Portugal (-5,9) e Malta (-5,5 pontos percentuais).

Os maiores crescimentos homólogos da dívida, por seu lado, observaram-se na Grécia (3,5 pontos percentuais), no Reino Unido (0,3) e na Eslováquia (0,1). A dívida pública portuguesa também desceu face ao primeiro trimestre, quando atingiu os 125,4% do PIB.