Mulheres na Islândia vão sair à rua esta quarta-feira para reivindicar o fim da disparidade salarial no país. A greve está marcada para as 14h55. Além da desigualdade nos salários, esta não é a única realidade que ainda hoje persiste no país e que as mulheres têm de enfrentar no seu dia-a-dia.

Na Islândia, as mulheres recebem, em média, um salário 26% inferior em relação ao dos homens. Por outras palavras, elas são pagas apenas pelas primeiras cinco horas e 55 minutos num dia de oito horas de trabalho, apontam as últimas estatísticas feitas no país, de acordo com um canal de televisão nacional — o RÚV.

Na terça-feira, dezenas de mulheres juntaram-se num dos maiores sindicatos de trabalhadores, o Efling, para preparar a greve desta quarta-feira. Ao seu serviço, está a reivindicação da disparidade salarial, o apoio ao  movimento #MeToo, que também desempenha um papel importante neste tipo de protestos, e a experiência na Islândia de mulheres de origem estrangeira — também uma preocupação para a fração feminina, na medida em que estas estão sob condições vulneráveis na sociedade islandesa.

Num comunicado feito pelas mulheres que organizaram esta greve, enaltecem-se as histórias de abuso sexual, de violência e de injustiça nos seus locais de trabalho, partilhadas publicamente nos últimos meses através do hashtag #MeToo.

Estas histórias tornaram claro que a nossa luta pela igualdade de género no local de trabalho não pode ser apenas sobre igualdade salarial, mas também sobre igualdade de segurança no trabalho. Não vamos continuar a tolerar estes abusos, esta violência e esta injustiça! As mulheres devem ser livres no trabalho e em casa”, lê-se no documento.

Após a greve, haverá um evento solidário no distrito de Arnarhóll, às 15h30.

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