O primeiro-ministro israelita prometeu esta quarta-feira manter uma força militar permanente na Cisjordânia, considerando que se não fossem as tropas israelitas no local o presidente da Autoridade Palestiniana já teria sido destituído pelo movimento radical Hamas.

Falando numa importante conferência judaica, Benjamin Netanyahu disse que Israel não pode repetir o erro que fez na Faixa de Gaza, onde o movimento islâmico Hamas tomou o controlo pela força, afastando a Autoridade Palestiniana, presidida por Mahmud Abbas, dois anos depois de os colonos israelitas terem saído do enclave.

Netanyahu disse que prefere evitar rótulos como “Estado palestiniano”, mas deixou claro considerar que Abbas e a Autoridade Palestiniana devem a sua atual existência à proteção de Israel e beneficiam diretamente da presença das tropas israelitas na Cisjordânia.

“Eles seriam ocupados em dois minutos. Há alguns anos descobrimos um plano de 100 homens do Hamas para derrubar Abu Mazen (como é conhecido Mahmud Abbas). Derrubá-lo? Matá-lo. Não politicamente. Matá-lo. Por isso, se não estivéssemos lá, eles não estariam lá, que foi o que aconteceu quando abandonámos Gaza”, disse numa assembleia da Federação de Judeus da América do Norte.

Israel retirou-se da Faixa de Gaza em 2005. No ano seguinte o Hamas ganhou as eleições legislativas palestinianas e um ano depois derrubou as forças leais a Abbas, controlando desde então o território.

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