A bolsa nova-iorquina encerrou, esta sexta-feira, novamente em baixa, afetada pelos recuos das tecnológicas Amazon e Alphabet, após divulgarem resultados trimestrais considerados dececionantes pelos investidores, no final de uma semana particularmente difícil para os índices bolsistas.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,19%, para os 24.688,31 pontos.

Mais forte foi o recuo do tecnológico Nasdaq, que baixou 2,06%, para as 7.167,21 unidades.

Por sua vez, o alargado S&P500 abandonou 1,73%, para os 2.658,69 pontos.

No conjunto da semana, o Nasdaq perdeu 3,78%, a sua quarta desvalorização semanal consecutiva e a sua pior perda desde março, o Dow Jones recuou 2,97% e o S&P500 contraiu 3,96%.

Durante esta semana, muito carregada em resultados de empresas, os índices bolsistas evoluíram em função do acolhimento dado a estas contas, que foi glacial no início da semana, quente na quinta-feira e fresco esta sexta-feira.

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Amazon e Alphabet, empresa-mãe da Google, sofreram esta sexta-feira os custos do descontentamento que o exame minucioso das suas contas causou entre os intervenientes do mercado.

“Os investidores esperam que as empresas apresentem elementos positivos sobre o volume de negócios, os lucros e as previsões de crescimento”, afirmou Quincy Krosby, da Prudential Financial.

“Se estes três elementos não estão juntos, eles estão prontos para vender”, declarou Quincy Krosby.

Apesar de uma explosão dos seus lucros, a cotação da Amazon teve uma acentuada queda de 7,82%, depois do anúncio de previsões consideradas dececionantes relativas ao final do ano, período que costuma ser fausto para o grupo.

Já a Alphabet, em plena tormenta por causa de um caso de assédio sexual, apresentou um volume de negócios abaixo das expectativas e recuou 1,80%.

Krosby sublinhou, entretanto, a importância que assumiram as previsões de crescimento, uma vez que os investidores “estão com a atenção virada para 2019”.

Cerca de metade (48%) das empresas incluídas no S&P500 já apresentaram as suas contas, das quais 77% divulgaram lucros acima do esperado e com uma taxa de crescimento médio de 22,5%, segundo a sociedade Factset.

“Isto deveria ser suficiente para estabilizar os mercados”, considerou Bill Lynch, da Hinsdale Associates.

“Contudo, os investidores estão focados nas previsões”, acrescentou Bill Lynch.