Jair Bolsonaro, candidato pelo Partido Social Liberal (PSL) será o próximo presidente do Brasil, de acordo com as sondagens mais recentes, publicadas no dia anterior à segunda volta desta eleição. Os mesmos estudos de opinião, contudo, apontam para uma tendência de crescimento de Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) e de descida do seu adversário.

Essas são as principais conclusões a retirar das sondagens da Datafolha e do Ibope publicadas ao final da noite de sábado (dia 27) no Brasil. De acordo com a Datafolha, Bolsonaro tem agora 55% das intenções de voto, ficando 10 pontos percentuais à frente de Haddad, que segue com 45%. O estudo aponta para uma ligeira descida dos 56% de que Bolsonaro gozava na quinta-feira, dia 25, e uma subida na mesma medida de Haddad, face aos 44% que tinha antes.

Segundo o mesmo estudo da Datafolha, o candidato da extrema-direita goza agora de uma taxa de rejeição (45%)  inferior à do candidato do PT: 52% dos entrevistados dizem que não votariam em Haddad “de jeito nenhum”.

Quanto ao estudo do Ibope, dá uma vantagem de dois pontos percentuais a Haddad face ao resultado da Datafolha. Segundo a sondagem do Instituto, Bolsonaro deverá receber 54% dos votos, enquanto o candidato da esquerda se ficará pelos 46%. Estes números revelam ainda uma tendência maior de subida de Haddad face aos resultados da Datafolha, já que na última pesquisa eleitoral do Ibope Bolsonaro tinha 57% das intenções de voto e Haddad 43%.

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Por outro lado, a taxa de rejeição nesta sondagem também é mais favorável a Bolsonaro: apenas 39% dos eleitores dizem não ir votar “de jeito nenhum” no candidato do PSL face a 44% que o dizem sobre o homem do PT.

Embora confirmem a tendência de vitória para Jair Bolsonaro, ambas as sondagens dão conta de uma tendência de crescimento de Haddad nos últimos dias, face a uma descida do adversário. Há dez dias, a Datafolha registava uma diferença de 18% entre os dois candidatos – bastante superior aos 10% que mostra agora.

Os dados assumem maior importância já que os 10% de diferença tinham sido estabelecidos como meta pela campanha do PT. De acordo com o Estado de S. Paulo, fontes do partido consideravam na manhã deste sábado que, caso as últimas sondagens apontassem para uma diferença abaixo dos 10% entre os dois candidatos, há ainda uma hipótese de vitória para Haddad. Do outro lado, contudo, não é atribuída credibilidade aos estudos: Onix Lorenzoni, apontado como possível chefe da Casa Civil de um futuro Governo Bolsonaro, classificou a análise das sondagens como “uma perda de tempo”.

As entrevistas para ambos os estudos de opinião foram conduzidas nos dias 26 e 27 de outubro e englobaram mais de 20 mil eleitores. As duas sondagens têm, cada uma, uma margem de erro de dois pontos percentuais.