As equipas de socorro indonésias voltaram a encontrar restos mortais no local onde se despenhou na segunda-feira o avião da Lion Air que transportava 189 a bordo.

O Boeing 737 MAX 8 ao serviço da companhia indonésia de baixo custo Lion Air desapareceu dos radares 12 minutos depois de ter descolado do aeroporto de Jacarta em direção a Sumatra tendo-se despenhado no mar, ao largo de Java com 189 pessoas a bordo.

De acordo com as autoridades a última mensagem do voo JT 610 foi um pedido para regressar ao aeroporto da capital indonésia.

Na segunda-feira, responsáveis pelas equipas de socorro afirmavam que “provavelmente” não há sobreviventes.

De acordo com a televisão indonésia Metro TV, dez sacos mortuários foram enviados para Jacarta onde vão ser realizados testes de ADN para que seja estabelecida a identidade dos restos mortais encontrados no mar, até ao momento.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As duas caixas negras do aparelho ainda não foram encontradas pelos mergulhadores das equipas de resgate, sendo que ainda não foi possível apurar a causa do acidente. O avião devia fazer a ligação entre Jacarta e Pangkal Pingang (Sumatra), um ponto de trânsito para turistas que tradicionalmente se deslocam depois para as praias de Belitung.

De acordo com a Lion Air, o Boeing estava ao serviço da empresa de viagens de baixo custo desde o passado mês de agosto. O piloto e o copiloto tinham, em conjunto, 11 mil horas de voo e tinham feito recentemente testes médicos e análises de despistagem de drogas.

Edward Sirait, patrão da Lion Air, reconheceu na segunda-feira que a companhia procedeu a reparações no avião, em Bali, antes do último voo, mas não especificou a natureza da intervenção acrescentando que se tratou de “um procedimento normal”.

Segundo a BBC, que teve acesso ao relatório técnico do voo entre Bali e Jacarta, efetuado no passado domingo, refere que se verificava uma “falha de fiabilidade” num instrumento de medida de velocidade e divergências nas medidas de altitude entre os aparelhos do piloto e do copiloto.

Avião indonésio com 189 pessoas cai no mar 13 minutos após descolar de Jacarta

A companhia Lion Air ainda não comentou a notícia da televisão britânica, apesar dos pedidos de esclarecimento. A empresa construtura Boieng difundiu um comunicado em que afirma “um pesar profundo” e anunciou que está disposta a fornecer assistência técnica no quadro do inquérito sobre o acidente.

O fabricante norte-americano suspendeu a produção de 737 MAX no ano passado logo após a comercialização dos aparelhos evocando problemas nos motores. A Lion Air é a principal companhia de baixo custo da indonésia e tinha anunciado em 2017 a compra de 50 Boeing 737 MAX.