Foi apelidada de “Inkalamu”, que significa “leão” no idioma de Bemba, na Zâmbia, (em homenagem ao trabalho de conservação da espécie que é feito na área) pesa 1,1 quilogramas (kg), ou 5,655 quilates. Uma esmeralda verde única foi descoberta no início de outubro numa mina em Kangem, na Zâmbia, que pertence à Gemfield, a maior produtora de esmeraldas a nível mundial. A novidade foi confirmada pela empresa em comunicado esta segunda-feira.
A esmeralda, que já estará perto de valer dois milhões de euros, “tem uma notável clareza e um tom verde brilhante perfeitamente equilibrado”, explicou a produtora, acrescentando que o objeto — que foi descoberto pela geóloga Debapriya Rakshit e pelo mineiro Richard Kapeta — vai ser cortado em pequenos pedaços e leiloado em Singapura no mês de novembro. 10% do valor de venda será entregue ao Zambian Carnivore Programme e ao Niassa Carnivore Project, dois projetos de conservação de espécies de animais.
À CNN, Elena Bagasalia, gemologista da Gemfields, explicou que há cada vez mais marcas com interesse em esmeraldas como esta. “Estamos a assistir a uma procura incrivelmente maior de esmeraldas zambianas de alta qualidade das principais marcas, particularmente na Europa, onde admiram a cor rica e a transparência única das nossas pedras. São qualidades que as tornam únicas entre as esmeraldas”, referiu.
Esta pedra não é, no entanto, a maior que a empresa já encontrou nas suas minas. Em 2010, também na Zâmbia, os mineiros da Gemfield encontraram uma esmeralda de 6.225 quilates, que ficou conhecido por “elefante” devido ao seu tamanho. As esmeraldas — que são maioritariamente extraídas na Zâmbia, Colômbia e no Brasil — são raras e mais valiosas que os diamantes, o que faz com que tenham uma maior procura no mercado.