Os austríacos, como a generalidade dos países europeus, estão a braços com a má qualidade do ar que respiram e os habitantes exigem esforços redobrados para colmatar este mal. Os governantes responderam aos seus apelos, criando uma série de incentivos para dinamizar a utilização de veículos não poluentes, pelo menos na zona em que operam.

Além dos apoios que implicam um dispêndio de verbas, que serão depois compensadas pelos menores gastos em saúde, no tratamento das doenças provocadas pelos poluentes, há uma série de medidas que não passam por canalizar os impostos pagos por todos, mesmo os que não possuem este tipo de veículos. Entre elas, o Governo austríaco recorreu à abertura dos corredores dos transportes públicos aos veículos eléctricos, que têm também direito a parqueamento gratuito e redução nas portagens. Mas não ficou por aqui.

Para tornar ainda mais apelativo o automóvel eléctrico, o Governo, que tem de reduzir a velocidade da circulação automóvel sempre que o nível de poluição atinge determinados limites, viu aqui uma oportunidade para mais uma diferenciação positiva. Enquanto a generalidade dos veículos, equipados com motor a gasolina ou diesel, vê a sua velocidade máxima ser reduzida quando os avisos de excesso de poluição disparam (IG-L), passando de 130 km/h nas vias rápidas de acesso às grandes cidades, para apenas 100 km/h, aos automóveis eléctricos é permitido continuar alegremente à velocidade máxima, ou seja, 30 km/h acima da concorrência que queima combustíveis fósseis. Sai barato, é justo e pode cativar um número representativo de utilizadores.

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