A Mercedes e a Tesla têm mais em comum do que muitos podem pensar. Elon Musk já admitiu que o investimento dos alemães na marca americana em 2009, em plena crise mundial, quando compraram cerca de 9% por 50 milhões de dólares, ajudou a salvar a empresa, três anos antes de surgir o primeiro Model S. Nesse período, além de se tornar accionista, a Mercedes foi igualmente cliente, pois encomendou à Tesla a electrificação do Smart e do Classe B.

A colaboração entre os dois fabricantes terminaria em 2014, com o CEO da Daimler, Dieter Zetsche, a afirmar que não está nada arrependido quando nesse ano decidiram vender a participação na Tesla, pois a operação permitiu um encaixe de 780 milhões de dólares, ou seja, um lucro de 730 milhões em apenas cinco anos. Valor que continuaria a aumentar, caso os alemães prolongassem o investimento, tendo em conta a valorização da Tesla em bolsa. Se na Oferta Pública Inicial da Tesla, em 2010, as acções arrancaram a 20 dólares, em 2014 dituava-se nos 176$, rondando agora 347$ por acção.

Zetsche, numa entrevista ao jornal polaco Rzeczporpolita, admitiu que não exclui voltar a colaborar no futuro com a marca americana, que em Outubro já conseguiu vender mais veículos nos EUA do que a Mercedes, isto num momento em que a marca alemã prepara o lançamento do seu primeiro veículo eléctrico da nova vaga, o Mercedes EQC.

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