Uma modelo polaca juntou-se às mais de 70 mulheres que já acusaram Harvey Weinstein de abusos sexuais, afirmando que o produtor de cinema norte-americano a assediou em 2002 na sua casa em Nova Iorque, numa altura em que a modelo ainda tinha apenas 16 anos, noticia a BBC.
Segundo a denúncia citada pela BBC, na qual a alegada vítima não é identificada, a modelo de 16 anos terá aceitado encontrar-se com Harvey Weinstein para almoçar, com o objetivo de potenciar a sua carreira de atriz.
Depois do almoço, Weinstein terá levado a modelo para o seu apartamento e “não perdeu tempo para exigir sexo de forma agressiva e ameaçadora”, como se lê na queixa. O mesmo documento garante que Weinstein sabia a idade da jovem e ter-lhe-á dito que “se queria ser atriz, deveria estar confortável a fazer tudo o que o realizador lhe ordenasse, incluindo perder as inibições e ficar nua”.
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Ainda de acordo com a denúncia citada pela BBC, Harvey Weinstein terá continuado a assediar a modelo durante perto de dez anos e chegou a oferecer-lhe um papel como figurante num filme de 2004.
O advogado do produtor, Benjamin Brafman, diz que as acusações são “absurdas” e afirma que “como muitas outras mulheres neste caso que já foram expostas como mentirosas, também vai ser mostrado que esta última alegação completamente infundada e que já tem quase 20 anos também é evidentemente falsa”.
As acusações contra Harvey Weinstein deram o mote ao movimento #MeToo, que já levou outras mulheres a denunciar publicamente abusos sexuais cometidos por homens influentes no mundo do espetáculo.
A história começou no ano passado, quando a imprensa norte-americana publicou os primeiros testemunhos de mulheres que diziam ter sido assediadas por Weinstein. O produtor entregou-se à polícia em maio deste ano, mas saiu em liberdade, com pulseira eletrónica, depois de ter pago uma fiança de 1 milhão de dólares (858 mil euros).
