O Banco Mundial aprovou um crédito de cerca de 8,7 milhões de euros para melhorar a vida escolar em Cabo Verde e orientar 1.500 jovens na obtenção de emprego, anunciou a instituição financeira.

O crédito de 10 milhões de dólares (cerca de 8,7 milhões de euros) foi aprovado na passada quarta-feira e destina-se ao Projeto de Desenvolvimento da Educação e das Qualificações, o qual visa “reforçar as competências fundamentais na educação e aumentar a pertinência dos programas de formação, em linha com o plano de desenvolvimento estratégico de Cabo Verde”.

Louise Cord, diretora de operações do Banco Mundial para esta região africana, que inclui o Senegal, Cabo Verde, Gâmbia, Guiné-Bissau e Mauritânia, considera que “Cabo Verde fez progressos significativos na expansão do acesso à educação, tendo alcançado um acesso quase universal ao ensino primário ao longo da última década”.

“No entanto, os resultados de aprendizagem a nível do ensino primário continuam relativamente baixos e o acesso ao ensino secundário também melhorou, mas permanece abaixo das aspirações do país”, afirma Louise Cord, citada no comunicado do Banco Mundial.

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A instituição financeira pretende “apoiar o país a aumentar as oportunidades de desenvolvimento de competências relevantes e a satisfazer as necessidades da economia, porque o desemprego jovem tem vindo a aumentar nos últimos anos, em especial nas áreas urbanas”.

Por seu lado, Kamel Braham, especialista em educação e chefe da equipa de trabalho do Banco Mundial, defendeu que “são essenciais maiores investimentos no capital humano para reduzir a pobreza e aumentar a prosperidade partilhada em Cabo Verde”.

O Projeto de Desenvolvimento da Educação e das Qualificações irá “apoiar a reforma governamental do ensino básico, através de fatores de produção de melhor qualidade, incluindo um currículo mais adaptado e modernizado, um melhor alinhamento do currículo com as práticas pedagógicas e os resultados de aprendizagem esperados e maior autonomia aos intervenientes locais”.

A iniciativa irá ainda “apoiar a crescente relevância dos programas de formação que levam em consideração as prioridades estratégicas do país e as necessidades da economia cabo-verdiana e contribuem, em particular, para o desenvolvimento do turismo e plataformas digitais previstas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS)”.