As chuvas e os ventos fortes têm estado a assolar Itália desde o domingo passado. No espaço de seis dias, o balanço que se faz é trágico: 17  pessoas morreram, quase 14 milhões de árvores foram destruídas e os prejuízos calculam-se na ordem dos milhares de milhões de euros.

O balanço das vítimas mortais aumentou este sábado. Um porta-voz da Agência de Proteção Civil de Itália confirmou o falecimento de mais duas pessoas: um turista alemão que, na sexta-feira, foi atingido por um raio na ilha de Sardenha; e uma outra pessoa que se encontrava hospitalizada há vários dias, também devido a ferimentos causados por um raio.

Apesar da coincidência de causas, a maior parte das vítimas perdeu a vida depois de ser atingida pela queda de árvores. A Coldiretti, uma associação de empresas agrícolas italianas, informou, através de um comunicado que os vendavais destruíram cerca de 14 milhões de árvores. A maioria no norte do país. “Vamos precisar de pelo menos um século para regressar à normalidade”, anteviu.

A zona do nordeste foi, de resto, a mais afetada pela tempestade. Nas regiões de Trentino e Veneto, ambas no norte de Itália, os deslizamentos de terra têm obrigado ao corte de estradas. Já em Veneza, os estragos têm sido causados sobretudo pelas inundações.

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Angelo Borrelli, o chefe da agência de Proteção Civil, considerou ainda que a situação em Veneto, onde os ventos atingiram 180 quilómetros por hora, era “apocalíptica”. O vice-primeiro ministro italiano, Matteo Salvini, vai visitar a região amanhã.