O Twitter apagou 10 mil contas que encorajavam os norte-americanos a não votarem nas eleições intercalares da próxima terça-feira, dia 6 de novembro. A agência Reuters avança que os perfis, alegadamente falsos, foram apagados entre o final de setembro e o início de outubro.

O alerta terá sido dado pelo Partido Democrata, a quem as contas seriam, erradamente, atribuídas. O partido terá identificado vários tweets com informações falsas que teriam o mesmo objetivo: convencer os eleitores a não votarem.

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O número de contas apagadas é residual, se comparado com os milhões que foram retirados das redes sociais por terem feito parte da campanha de fake news que manchou as presidenciais de 2016, que elegeram Donald Trump. Ainda assim, a decisão da empresa de tecnologia é vista como uma vitória da equipa criada este ano, pelos Democratas, precisamente para melhorar a capacidade de reação do partido que, em 2016, não soube lidar com a onda de informação falsa e negativa sobre a candidata presidencial Hillary Clinton, que encheu as redes sociais.

O trabalho passa por identificar perfis falsos e controlados bots (contas automáticas que utilizam inteligência artificial), denunciá-los e esperar que sejam apagados. O fenómeno não é exclusivo dos Estados Unidos. Também foi acompanhado de perto por empresas como o Twitter e o Facebook nas recentes eleições brasileiras, que escolheram Jair Bolsonaro como presidente.

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