O holandês Frans Timmermans será o Spitzenkandidat (o candidato preferencial) dos Sociais-Democratas (da família do Partido Socialista Europeu) à presidência da Comissão Europeia, com o anúncio da desistência do eslovaco Maroš Šefčovič, noticiada esta segunda-feira pelo Politico.

Šefčovič escreveu uma carta a Sergei Stanishev, o presidente do Partido Socialista Europeu(PES), na qual dá o seu “apoio a Frans como o candidato preferencial do PES” que “vai apresentar-se a votos nas eleições do Parlamento Europeu de [maio de] 2019”. E acrescentou: que Timmermans “representa uma mudança de direção para a Europa e irá colocar a justiça social, a igualdade e a sustentabilidade no coração do programa eleitoral” dos socialistas europeus.

“Fico a postos para apoiar o Frans e para trabalhar de perto com ele”, acrescentou Šefčovič, que é um dos vice-presidentes da Comissão Europeia, para a área da Energia. Timmermans é o primeiro vice-presidente da Comissão, apenas abaixo do presidente Jean-Claude Juncker.

O sistema de Spitzenkandidat foi adotado em 2014, como forma de atenuar críticas de que Bruxelas escolhe para liderar os seus executivos responsáveis que não foram submetidos a voto. O processo permite às famílias partidárias europeias nomear candidatos preferenciais à presidência da Comissão.

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O candidato tem depois de ser aprovado por maioria no parlamento europeu, mas o Conselho Europeu mantém a liberdade de nomear pessoas que não entraram na corrida a candidato dos partidos.

Após o anúncio de Šefčovič, o presidente do PES declarou que aplaudia a decisão do eslovaco. “Maroš é um verdadeiro jogador de equipa”. O congresso electivo do PES realiza-se em dezembro, em Lisboa.

Ainda esta segunda-feira o presidente do Partido Socialista Europeu (PSE) disse estar “particularmente grato” ao primeiro-ministro António Costa “pelo seu contributo para o processo do candidato comum”: “Gostaria de agradecer a todos os líderes e partidos membros do PSE pelo seu contributo para o processo do candidato comum, e estou particularmente grato ao primeiro-ministro português e líder do PS Portugal, António Costa, que conduziu o diálogo”, disse Sergei Stanishev.