Um terço do novo congresso brasileiro é acusado de crimes na justiça. Uma investigação do Estadão de São Paulo mostra que no total há 160 deputados e 38 senadores das duas câmaras do congresso que ou são acusados de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro ou assédio ou são réus em ações de enriquecimento ilícito ou improbidade administrativa com dano ao erário.

Os nomes mais conhecidos são os de Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de Aécio Neves (PSDB-MG), estando o primeiro envolvido no caso Lava Jato.

E é exatamente o PT o partido que tem maior número de eleitos sentados no lugar de réus ou a ser investigados pela justiça: 30 em 62. Já o MDB ganha quando se olha para os valores percentuais, já que os seus 16 deputados e oito senadores envolvidos em problemas com a justiça representam 52% da bancada.

O PSL do presidente eleito, Jair Bolsonaro, não foge à regra e tem sete deputados, ou 12,5% dos seus 56 congressistas, debaixo do olho da Justiça.

A investigação do jornal brasileiro mostra que só seis partidos não elegeram pessoas investigadas ou acusadas na Justiça e que, no total, os parlamentares respondem a 540 acusações (379 contra deputados e 161 contra senadores), das quais 334 são por improbidade. Entre os crimes, as acusações mais comuns são as de lavagem de dinheiro (34), corrupção (29) e crimes eleitorais (16).

O levantamento feito pelo Estadão não considerou ações de danos morais e execuções fiscais. Se o fizesse, o valor de implicados na justiça subiria para 40%.

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