Quando é necessário lavar o carro, recorrer a uma máquina sob pressão será a solução ideal, se o objectivo for retirar os restos de lamas já secas e de insectos, que se agarram à pintura e parecem não querer largar. E é um facto que, quanto maior for a pressão com que a água sai da pistola da máquina, maior é a facilidade em conseguir eliminar tudo o que é estranho à carroçaria. Mas, como quase sempre acontece, há limites para tudo.

A prova que maior pressão não é necessariamente sinónimo de carro mais bem lavado é-nos dada por um vídeo da SpotOnStudios, que recorreu à máquina de pressão de água mais potente que conseguiu encontrar para lavar o velhinho Peugeot 206. A ideia era, como sempre, retirar toda a sujidade que se agarra à pintura e aos pneus, deixando o automóvel pronto para passar à fase da esponja e do detergente, sem necessidade de esfregar em demasia, o que só por si pode danificar a pintura.

O operador pegou num equipamento que fornece água a uma pressão de 43.000 PSI, cerca de 3.000 bar, o que além de ser um número redondo, aparentava ter a quantidade de zeros necessários para garantir uma limpeza total. E garantiu. A limpeza e uma série interminável de mossas na carroçaria. Os vidros foram pulverizados pela água e até os pneus, que estavam em bom estado quando estavam sujos, passaram a estar limpinhos, mas rasgados como se ali tivesse passado uma faca gigante, depois de lavados pela água sob pressão.

Quando se opta pela maior pressão possível, é bom ter presente que o bom é inimigo do óptimo e que uma máquina de pressão para lavar um carro ou uma moto garante um bom desempenho se fornecer o líquido entre 100 e 150 bar (1.500 a 2.200 PSI). A 250 bar (3.600 PSI) a água já retira impurezas do chão e até tinta da parede, o que torna evidente que os 3.000 bar e 43.000 PSI eram um abuso, a menos que o objectivo fosse, por exemplo, cortar pedra ou metal fino.

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