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Documentário sobre heavy metal em Portugal apresentado em Lisboa com casa cheia

Este artigo tem mais de 5 anos

Cerca de 350 pessoas assistiram à apresentação de “Heavy Metal Portugal”. A viúva de Phil Mendrix esteve presente e deixou um apelo: "Continuem a tocar e a acreditar que a vossa música é cultura".

Os Tarântula, fundados em 1985, são uma das bandas cuja história é retratada em "Heavy Metal Portugal"
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Os Tarântula, fundados em 1985, são uma das bandas cuja história é retratada em "Heavy Metal Portugal"

facebook.com/TUGAGESSO/

Os Tarântula, fundados em 1985, são uma das bandas cuja história é retratada em "Heavy Metal Portugal"

facebook.com/TUGAGESSO/

As salas 2 e 3 do Cinema São Jorge encheram para a apresentação de “Heavy Metal Portugal”, o primeiro documentário sobre a história do heavy metal português. Segundo revelou a organização do MUVI ao Observador, as duas sessões do filme receberam cerca de 350 espectadores, um número inédito no festival internacional de música no cinema.

Inicialmente, foram apenas colocados à venda bilhetes para a sala 3 do cinema lisboeta, com capacidade para 200 pessoas. Mas a grande a grande procura levou o MUVI a optar por abrir uma segunda sala, mais pequena, e disponibilizar mais entradas. As duas sessões começaram com 15 minutos de diferença depois de uma pequena apresentação, a cargo do produtor João Mendes, e terminaram com uma sessão de perguntas e respostas.

Com cerca de hora e meia de duração, “Heavy Metal Portugal — O Documentário” inclui o testemunho de mais de uma centena de intervenientes — músicos, produtores e divulgadores, que contribuíram de alguma forma para o desenvolvimento do género musical e de todas as suas vertentes em solo nacional, desde as primeiras bandas de rock mais pesado, no final dos anos 60, até à atualidade.

João Mendes documentou a história do heavy metal português para que não se esquecessem dela

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Além de ser o primeiro documentário do género, é também a primeira tentativa de documentar exaustivamente a história do heavy metal português. Demorou seis anos a ser concluído e apenas uma pequena parte do imenso material que João Mendes reuniu durante esse período foi incluída no produto final, apresentado esta quinta-feira em Lisboa. Quem esteve presente nas sessão sabe disso e, na sala 2, onde foram reunidos os jornalistas, houve quem perguntasse quando sairia a segunda parte do documentário.

O produtor apressou-se a afastar essa hipótese, garantindo que, para ele, a epopeia que levou à conclusão de “Heavy Metal Portugal” termina aqui: “Tenho terabytes e terabytes de horas filmadas com muitos intervenientes, mas não [quero fazê-lo] neste momento. Tenho três documentários escritos, completamente diferentes disto, mas há alturas em que é preciso parar e avaliar o que vais fazer a seguir. Não te podes mandar de cabeça. Não é falta de vontade, mas as coisas tem de ser pensadas”, afirmou, lembrando que passou um longo período de tempo a trabalhar em “Heavy Metal Portugal”.

Espera-se, no entanto, que o filme continue a ser apresentado noutros pontos do país. Está ainda por confirmar a data e o local da sessão do Porto e, no início de 2019, haverá uma apresentação em Almada. A primeira, de pré-lançamento, aconteceu a 6 de outubro na terra-natal de Mendes, em Santo Tirso, onde foram realizadas muitas das entrevistas que aparecem na longa-metragem, como o próprio contou em entrevista ao Observador, no mês passado.

“Quero que continuem a tocar e a acreditar que a vossa música também é cultura”

A viúva do guitarrista português Phil Mendrix, um dos cerca de 130 entrevistados para o documentário e o primeiro a aparecer, assistiu a uma das sessões desta quinta-feira. No final, fez um emotivo discurso de agradecimento, em que falou da importância da música, “a melhor coisa do mundo”, desejando “muita sorte” a todos os músicos presentes na plateia. Phil Mendrix, lenda do rock português, morreu em agosto passado aos 70 anos.

“Desejo-vos muita sorte. A música é uma coisa muito importante, que eu vivi com um homem que lhe dedicou a vida inteira”, afirmou. “Morreu a tocar guitarra. O meu Filipe, antes de partir, os dedos dele, mesmo com a morfina a correr, tocaram sempre guitarra. Para vocês todos um grande bem-haja e força, porque a música é a melhor coisa do mundo, porque ela voa nas ondas hertzianas. E eu sei que não é fácil, eu sei o que é viver da música. O meu marido era músico profissional e era uma pessoa que nunca se rendeu, nunca se vendeu. Ate à última. Isso trouxe-nos alguns dissabores, às vezes tínhamos de fazer contas para isto e para aqui, mas a música estava acima de tudo. Quero que vocês sejam todos muito felizes e que continuem a tocar e acreditar que a vossa música também é cultura. Underground ou não, ela está cá.”

“Trocou o Bentley por uma Ford Transit para os amplificadores caberem”: as histórias de Phil Mendrix contadas por Paulo Abreu

O MUVI vai exibir no sábado, pelas 18h30, o documentário de Paulo Abreu sobre Phil Mendrix, uma iniciativa que pretende celebrar a vida e obra de “um dos melhores guitarristas de sempre”, nas palavras da organização. O filme, que tem gravações que remontam ao início dos anos 90, acaba também por retratar os primórdios do rock português, “o modo como foi explorado pelas bandas” em Portugal e o papel de grande relevo desempenhado por Mendrix durante esse período.

O festival internacional de música no cinema arrancou esta quinta-feira à noite e decorre até domingo, no São Jorge, em Lisboa. Os bilhetes estão à venda na bilheteira do cinema, na Avenida da Liberdade, na FNAC e na Tickeline. Custam 4 euros. O cartaz completo por ser visto aqui.

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