O Governo britânico sublinhou esta sexta-feira que não pretende convocar um novo referendo sobre o ‘Brexit’ e “em qualquer circunstância”, após a demissão do ministro dos Transportes, Jo Johnson, que pediu uma segunda consulta.

Um porta-voz de Downing Street, o gabinete oficial da primeira-ministra, a conservadora Theresa May, afirmou que o referendo de junho de 2016, no qual 51,9% dos votantes se pronunciaram pela saída da União Europeia (UE) foi “o maior exercício democrático da história do país”.

“Sob nenhuma circunstância teremos um segundo referendo”, sublinhou a fonte, uma posição que a primeira-ministra tem defendido nos últimos meses.

O porta-voz exprimiu o “agradecimento” de Downing Street a Johnson pelo seu trabalho no Governo, que há dois anos defendeu a permanência do país na UE.

O irmão do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson — um dos principais impulsionadores da campanha a favor do ‘Brexit’ — manifestou esta sexta-feira desacordo com os termos da saída da UE que May deverá concluir com Bruxelas nos próximos dias.

Jo Johnson considerou que nem o acordo proposto pela primeira-ministra nem a opção de abandonar a UE são desejáveis para o Reino Unido.

“Pelo facto de a realidade do ‘Brexit’ estar muito longe do que foi prometido, o mais democrático seria dar aos cidadãos a última palavra”, defendeu.

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