O exército israelita reforçou nas últimas horas “a presença das tropas no Comando Sul e está preparado para operar se for necessário”, indica um comunicado emitido esta segunda-feira de manhã.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que se encontrava presente nas cerimónias que assinalaram o centenário do fim da Grande Guerra, em Paris, regressou de urgência a Israel no domingo à noite para acompanhar de perto a situação. Já o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, deslocou-se esta segunda-feira de manhã à principal base do Exército, em Telavive, onde avaliou a segurança numa reunião em que participaram o chefe de Estado Maior israelita, Gadi Eisenkot, e os chefes dos Serviços Secretos Militares e da Polícia Militar.

Durante a reunião, os responsáveis tomaram decisões sobre a “preparação das tropas e das forças de segurança à luz dos últimos desenvolvimentos”. As escolas israelitas nas zonas situadas próximas de Gaza mantiveram-se encerradas esta segunda-feira de manhã e as ligações de caminho-de-ferro entre as povoações de Ashkelon e Shderot estão encerradas.

Os incidentes de domingo foram seguidos do lançamento de 17 foguetes durante a madrugada e que atingiram território israelita. Três dos projeteis disparados pelos lança-foguetes palestinianos durante a madrugada contra Israel foram detetados pelo sistema anti míssil e fizeram soar os alarmes antiaéreos em várias comunidades israelitas, junto à Faixa da Gaza.

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O militar israelita que morreu no domingo era “um tenente-coronel do exército”. Nos confrontos morreram também sete membros das milícias palestinianas, entre eles, Nour Baraka, comandante da Brigada al Qasam, o braço armado do Hamas na zona de Jan Yunis, Gaza.

A brigada Ezedin al Qasam indicou que uma “força especial do Exército israelita infiltrou-se três quilómetros na zona leste de Jan Yunis usando um veículo civil tendo matado o líder” do organismo armado palestiniano que acusa Israel de “assassínio seletivo”.

Este novo momento de violência ocorre quando se esperava um acordo de cessar-fogo entre Israel e as milícias palestinianas, mediadas pelo Egito e organizadas pelas Nações Unidas.

Na semana passada, Israel permitiu a entrada de 15 milhões de dólares em Gaza, procedentes de uma doação do Qatar para serem usados no pagamento de salários a funcionários do enclave. Na sexta-feira e no sábado os protestos palestinianos foram os menos intensos dos últimos sete meses.