Uma mulher foi acusada de sete crimes por “contaminação de produtos com circunstância de agravamento” depois de inserir agulhas em morangos e enfrenta uma pena de prisão até dez anos, avança o jornal The Guardian.

A mulher foi detida este domingo e foi presente ao Tribunal de Brisbane esta segunda-feira. Agora encontra-se em liberdade condicional até à próxima audiência, que acontecerá no final deste mês.

Segundo a magistrada Christine Roney, a mulher terá agido por “ódio ou vigança” após uma queixa da empresa, e afirmou que não iria pagar a fiança até as acusações serem provadas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

My Ut Trinh, de 50 anos, trabalhou na quinta de Berrylicious no setor dos morangos, em  Caboolture, uma região de Queensland, na Austrália,  entre 2 e 5 de setembro quando alegadamente inseriu agulhas dentro da fruta. Foi encontrado o seu ADN num dos morangos contaminados.

A primeira agulha foi encontrada a 9 de setembro, quando um homem comprou morangos no supermercado e Trinh foi imediatamente tornada suspeita pela polícia após os colegas de trabalho a denunciarem, avança o jornal inglês.

De acordo com informações transmitidas em conferência de empresa, o chefe da divisão de Narcóticos e Crimes Graves da Polícia de Queensland, Jon Wacker, no país houve 186 denúncias sobre este caso de sabotagem que afetaram 68 marcas, 77 delas naquele estado, obrigando a retirar centenas de castas desta fruta dos supermercados. “Neste assunto, o principal foco de contaminação foram as agulhas de coser, contabilizámos 186 incidentes em todo o país. Destes, 77 foram em Queensland e 15 pareceram brincadeiras ou queixas falsas”, explicou.

Segundo o jornal El Español, o setor gera cerca de 115 milhões de dólares no país e obrigou a retirar milhares de castas desta fruta dos supermercados australianos. Na Nova Zelândia, também se detetaram alguns casos isolados e as autoridades suspenderam temporariamente a venda de morangos australianos.