A primeira-ministra norueguesa manifestou esta quarta-feira a abertura do seu país para reforçar o apoio a Moçambique e ao processo de paz, com a gestão de fundos públicos e o combate à corrupção igualmente entre as principais prioridades.

Erna Solberg, citada esta quarta-feira pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), disse que os dois Estados vão reforçar a cooperação bilateral e que a Noruega vai continuar a acompanhar as negociações de paz entre o Governo moçambicano e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição. A governante falava durante o segundo dia da visita de Estado que o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, efetua desde terça-feira ao país nórdico. O apoio às áreas vitais para economia moçambicana está também entre as prioridades na ajuda a Moçambique, acrescentou Erna Solberg.

No segundo dia da visita, o Presidente moçambicano manteve conversações oficiais com a primeira-ministra norueguesa. Em conferência de imprensa, o chefe de Estado moçambicano apontou a experiência do país nórdico na gestão de fundos públicos e no combate à corrupção como os principais interesses de Moçambique. “As relações entre Moçambique e Noruega estão no momento mais alto”, referiu Nyusi.

Entre 2015 e 2016, o apoio da Noruega a Moçambique atingiu os 80 milhões de dólares (70 milhões de euros), segundo dados avançados pela AIM. A visita de Nyusi surge a convite de Erna Solberg, numa altura em que os dois países mantêm relações intensas em vários domínios.

A Noruega participa no grupo constituído por nove oficiais internacionais que está a dar apoio técnico e aconselhamento ao processo de desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR) na sociedade civil dos efetivos armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição.

No plano económico, o Governo de Moçambique e a companhia norueguesa Yara International assinaram em julho de 2017, em Maputo, um memorando de entendimento para produção de fertilizantes a partir de gás natural a extrair dentro de quatro a cinco anos da bacia do Rovuma, norte do país. No âmbito desta visita, Filipe Nyusi vai reunir-se ainda, em separado, com o príncipe herdeiro e a presidente do parlamento norueguês.

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