O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, defendeu esta quinta-feira, na Noruega, uma exploração sustentável dos recursos naturais, considerando que a indústria extrativa deve beneficiar a nação moçambicana.

“Recusamo-nos ser um país conhecido como um país com muitos recursos apenas, queremos ser um país que cresce e se desenvolva de forma endógena e sustentável, fazendo pleno aproveitamento dos seus recursos naturais”, disse Filipe Nyusi, citado esta quinta-feira pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

O chefe de Estado moçambicano falava durante a abertura do Fórum de negócios Noruega-Moçambique, um encontro que reuniu empresários moçambicanos e noruegueses e membros dos governos dos dois países em Oslo, no âmbito de uma visita oficial que o Presidente realiza ao país nórdico.

Entre os principais desafios de Moçambique, Nyusi destacou a transformação dos recursos minerais em riquezas para os moçambicanos e, para que o país atinja este patamar, a experiência da Noruega neste processo é fundamental.

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“Pretendemos aprender um pouco mais a experiência (norueguesa) de inclusão económica. Queremos também ser um país que possui riqueza, mas sobretudo um país que melhor uso faz desses recursos”, acrescentou o chefe de Estado moçambicano.

Filipe Nyusi concluiu garantindo aos empresários noruegueses que Moçambique é um mercado seguro para investimento. “As coisas estão a acontecer em Moçambique. O mercado moçambicano é seguro. Hoje, Moçambique é um país seguro para investimento em África”, afirmou o Presidente moçambicano.

Entre 2015 e 2016, o apoio da Noruega a Moçambique atingiu os 80 milhões de dólares (70 milhões de euros), segundo dados avançados pela AIM. A visita de Nyusi surge a convite da chefe do Governo norueguês, Erna Solberg, numa altura em que os dois países mantêm relações intensas em vários domínios.

A Noruega participa no grupo constituído por nove oficiais internacionais que está a dar apoio técnico e aconselhamento ao processo de desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR) na sociedade civil dos efetivos armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição.

No plano económico, o Governo de Moçambique e a companhia norueguesa Yara International assinaram em julho de 2017, em Maputo, um memorando de entendimento para produção de fertilizantes a partir de gás natural a extrair dentro de quatro a cinco anos da bacia do Rovuma, norte do país. Além de ser recebido pelo Príncipe Haakon, Filipe Nyusi manteve esta quinta-feira um encontro com a Presidente do Parlamento da Noruega, Tne Wilhelmsen Troen.