Numa mesquita em Istambul, e abrigadas da chuva, centenas de pessoas juntaram-se para o funeral simbólico do jornalista Jamal Khashoggi, que foi assassinado em outubro na embaixada da Arábia Saudita na Turquia. Na ausência do corpo, reuniram-se à volta de uma laje de mármore, reservada tradicionalmente para o caixão. Foi feita a oração “Salat al-Gha’ib”, uma oração que é recitada em funerais, quando o corpo ainda não foi encontrado.

A cerimónia foi organizada por um grupo recente chamado “Amigos de Khashoggi”, que diz querer preservar a memória do jornalista “para manter vivos os ideais da primavera árabe”, disse Moncef Marzouki, um amigo e ex-presidente da Tunísia em comunicado, citado pelo The Guardian. O filho mais velho de Khashoggi, Salah, esteve presente nas orações de madrugada, em Medina, na Arábia Saudita. As cerimónias fúnebres vão continuar durante os próximos dias e não se realizam apenas na Turquia e na Arábia Saudita: Londres, Paris, Tunis e Washington também vão receber homenagens ao jornalista.

Jamal Khashoggi entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul no dia 2 de outubro para pedir uns documentos que lhe permitiriam casar com uma cidadã turca. Um grupo de 15 homens já estaria à sua espera e acabaria por matá-lo com uma injeção letal, segundo o procurador da Arábia Saudita. A morte do jornalista terá sido premeditada e, esta quinta-feira, o Ministério Público saudita pediu a pena de morte para cinco suspeitos do seu homicídio.

(Veja a fotogaleria acima com algumas fotografias da cerimónia fúnebre)

Ministério Público saudita pede pena de morte no caso da morte do jornalista Jamal Khashoggi

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