As autoridades espanholas detiveram esta sexta-feira o “Rei do Cachopo”, um empresário da restauração de grande sucesso no país que é acusado de ter assassinado a namorada e de ter escondido o cadáver numa mala num dos seus restaurantes, noticia o jornal espanhol El País.

O caso ganhou relevância nos últimos meses depois do súbito desaparecimento de César Román, que tinha construído um pequeno império de restaurantes e popularizado o “cachopo”, um bife panado recheado com queijo e presunto, tradicional do norte do país, em Madrid.

Em 2016, Román abriu um restaurante em Madrid para servir cachopo. Menos de dois anos depois, já tinha cinco restaurantes e uma rede de distribuição de comida que tinha conquistado a capital espanhola e algumas das principais figuras do país — incluindo o ex-primeiro-ministro, Mariano Rajoy, com quem tirou uma fotografia num dos seus estabelecimentos.

Em julho, porém, os cinco restaurantes fecharam misteriosamente e nunca mais ninguém soube do paradeiro de César Román. Na mesma altura, detalha o El País, desapareceu também Heidi Paz, uma hondurenha de 25 anos que Román conheceu num dos seus restaurantes e com quem namorava.

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Parte do cadáver viria a ser encontrado por bombeiros dentro de uma mala, durante um incêndio numa das instalações onde Román tinha um restaurante. O cadáver foi esta quinta-feira identificado como pertencendo a Heidi Paz. Do corpo tinham sido removidos os implantes mamários — que têm um número de série que poderia identificar a mulher. O cadáver estava coberto de soda cáustica, substância que é capaz de dissolver os restos humanos.

Durante todos estes meses, os cinco restaurantes do “Rei do Cachopo” estiveram de portas fechadas, mas com as mesas postas, como se fossem abrir no dia seguinte.

César Román foi identificado pelos donos de um restaurante em Madrid onde Román chegou trabalhar como cozinheiro, apesar de ter rapado o cabelo, deixado crescer a barba e perdido 10 quilogramas, tentando disfarçar a sua aparência.