Os Estados Unidos confirmaram esta sexta-feira a libertação de um cidadão norte-americano que tinha sido detido, em outubro, na Coreia do Norte por entrar de forma ilegal no país asiático.

“Os Estados Unidos agradecem a cooperação da República Popular Democrática da Coreia e da embaixada da Suécia para facilitar a libertação de um cidadão norte-americano”, disse o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, em comunicado.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos enalteceu o apoio da Suécia, que representa os interesses norte-americanos na Coreia do Norte, na defesa dos seus cidadãos. “A liberdade e o bem-estar dos norte-americanos continuam a ser uma das maiores prioridades do governo de Donald Trump”, disse Mike Pompeo.

A Coreia do Norte tinha anunciado esta sexta-feira que ia deportar um cidadão norte-americano que deteve recentemente por entrar ilegalmente no país, informou a agência oficial da Coreia do Norte, KCNA. De acordo com a KCNA, o cidadão norte-americano foi detido em 16 de outubro por entrar ilegalmente no país, pela fronteira com a China. A agência oficial não divulgou o nome do detido nem a data prevista para a deportação. Em maio, a Coreia do Norte fez regressar aos Estados Unidos três norte-americanos detidos na Coreia há mais de um ano.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul acusam regularmente o regime de Pyongyang de deter estrangeiros para obter vantagens e concessões diplomáticas. Este anúncio sugere que apesar de as negociações entre Washington e Pyongyang para a desnuclearização estarem num impasse, a Coreia do Norte ainda quer manter o clima de diálogo com os Estados Unidos.

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As negociações para uma “desnuclearização completa da península coreana” tinham estado a evoluir desde a histórica cimeira de Singapura entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Kim Jong-un, o líder norte-coreano, mas nas últimas semanas parecem ter regredido.

Na semana passada, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, adiou um encontro com um alto dirigente norte-coreano. Pompeo ia reunir-se, em Nova Iorque, com Kim Yong-chol para discutir os progressos no desarmamento norte-coreano e preparar uma nova cimeira entre Trump e Kim.

A manutenção das sanções económicas contra a Coreia do Norte levou Pyongyang a ameaçar, na passada sexta-feira, que podia reativar uma política de Estado dirigida a fortalecer o seu arsenal nuclear. Apesar de um aparente agravamento da situação nas últimas semanas, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, reiterou na quinta-feira que a segunda cimeira entre Trump e Kim deverá acontecer no início do próximo ano.